Aproveitando a polêmica que lancei sobre a abertura de Dan Da Dan, venho indicar o canal Anime Ken Tv que, por sua vez, analisou a abertura. Ele é músico profissional e é especialista em guitarra! Se clicar e gostar do vídeo, se inscreva lá e faça-o crescer! E, de forma inesperada, um youtuber japonês fez um vídeo essa semana desabafando sobre a solidão no Japão. O vídeo mostra que a crise da masculinidade, veja texto de segunda-feira da semana passada, está afetando o Japão com muita força. Samurai Daddy é casado, com filho, e se sente sozinho e solitário, muito por conta da confusão de papéis que vivemos hoje em dia. É um relato que confirma e aprofunda o tema da crise. Assistam!
O pedido de impeachment da Presidente da República, assinado
e realizado pelo fundador do PT, Hélio Bicudo (Procurador de Justiça aposentado),
e Miguel Reale, agora em trâmite legal pelo Congresso Nacional, tem respaldo na
análise e rejeição de contas do governo pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O TCU rejeitou em plenário as contas de 2014 e viu indícios de que estas
irregularidades continuam agora em 2015.
Na ocasião da análise das contas, o TCU encontrou 15
irregularidades. Cito resumidamente, baseado no voto do ministro relator (clique para ver na íntegra):
“1- Inobservância do princípio da legalidade (art. 37,
caput, da Constituição Federal), bem como dos pressupostos do planejamento, da
transparência e da gestão fiscal responsável (art. 1º, §1º, da Lei Complementar
101/2000), em face da omissão de passivos da União junto ao Banco do Brasil, ao
BNDES e ao FGTS nas estatísticas da dívida pública de 2014 (item 2.3.5 do
Relatório);
2- Inobservância do
princípio da legalidade (art. 37, caput, da Constituição Federal), dos pressupostos
do planejamento, da transparência e da gestão fiscal responsável (art. 1º, §1º,
da Lei Complementar 101/2000), bem como dos arts. 32, §1º, incisos I e II, e
36, caput, da Lei Complementar 101/2000;
3- Indício de irregularidade 9.2.5 - ausência do rol de
prioridades da administração pública federal, com suas respectivas metas, no
Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014, descumprindo o previsto no
§ 2º do art. 165 da Constituição Federal (item 3.2 do Relatório);
4- Inobservância do princípio da legalidade (art. 37, caput,
da Constituição Federal), dos pressupostos do planejamento, da transparência e
da gestão fiscal responsável (art. 1º, §1º, da Lei Complementar 101/2000), bem
como dos arts. 9º da Lei Complementar 101/2000 e 51 da Lei 12.919/2013, em face
da ausência de contingenciamento de despesas discricionárias da União no
montante de pelo menos R$ 28,54 bilhões, quando da edição do Decreto 8.367/2014
(item 3.5.3 do Relatório);
5- Abertura de créditos suplementares, entre 5/11/2014 e
14/12/2014, por meio dos Decretos Não Numerados 14028, 14029, 14041, 14042,
14060, 14062 e 14063, incompatíveis com a obtenção da meta de resultado
primário então vigente, em desacordo com o art. 4º da Lei Orçamentária Anual de
2014, infringindo por consequência, o art. 167, inc. V da Constituição Federal,
e com a estrita vinculação dos recursos oriundos de excesso de arrecadação ou
de superávit financeiro, contrariando o parágrafo único do art. 8º da Lei de
Responsabilidade Fiscal.” (Ministro João Augusto Ribeiro Nardes)
Todas as 15 irregularidades, das quais citei apenas alguns
pontos, fizeram o plenário do TCU rejeitar por unanimidade as contas da Presidência
da República. O ministro João Augusto conclui seu voto afirmando: “O relatório
demonstra, de forma cabal, o uso contínuo e reiterado de bancos estatais como ‘financiadores’
de políticas públicas, contrariando vedação expressa da LRF. (...) Houve
desrespeito também à regra proibitiva da LRF quanto à realização de operações
de crédito por antecipação de receita orçamentária no último ano de mandato da
Presidente da República”.
O conteúdo da avaliação do TCU demonstra sérios crimes
cometidos pelo Poder Executivo e crimes de responsabilidade da Presidência da
República que tocam no âmbito criminal. Hélio Bicudo e Miguel Reale (jurista)
afirmam no texto do impeachment (clique e leia) que: “Essa notitia criminis demonstra que a
Presidente, que sempre se apresentou como valorosa economista, pessoalmente
responsável pelas finanças públicas, deixou de contabilizar empréstimos tomados
de Instituições Financeiras públicas (Caixa Econômica Federal e Banco do
Brasil), contrariando, a um só tempo, a proibição de fazer referidos
empréstimos e o dever de transparência quanto à situação financeira do país. Em
suma, houve uma maquiagem deliberadamente orientada a passar para a nação (e
também aos investidores internacionais) a sensação de que o Brasil estaria
economicamente saudável e, portanto, teria condições de manter os programas em
favor das classes mais vulneráveis. Diante da legislação penal comum, a
Presidente incorrera, em tese, nos crimes capitulados nos artigos 299, 359-A e
359-C, do Código Penal, respectivamente, falsidade ideológica e crimes contra
as finanças públicas”.
Logo, o impeachment torna-se uma ferramenta democrática, com base política e jurídica. Infelizmente, como também é uma ferramenta política, ela torna-se vulnerável ao poder dos partidos. Então, embora eu deseje o impedimento da Presidente da República, eu sei que isso só irá ocorrer se houver base política, ou seja, se o PMDB apoiar, pois o PMDB é uma das maiores representações no Congresso.
Conclusão
Desta forma, o pedido de impeachment é legal e se apresenta
com conteúdo grave, verificado pelo TCU e amplamente investigado. Infelizmente,
o petismo ainda bate na tecla do golpe, pois não tem como se defender de acusações
nas quais a Presidente da República já foi reprovada. Venho usar o espaço desse
blog para difundir as verdadeiras razões do impeachment, para que o
conhecimento se intensifique e, com esperança, venha a evitar que as pessoas
achem que se trata de um golpe. Não é um golpe, mas uma ação democrática e
verdadeira, baseada em fatos graves. Aliás, se considerarmos que a Dilma, em
campanha, omitiu a verdade de nossos olhos, para ganhar a eleição, o golpe foi
dado pelo PT.
E que fique claro que, se houver o impedimento da Presidente,
isto não significa mudança rápida na economia, pois o Executivo terá que mudar muito,
mas que fique claro, também, que não se pode manter no poder um partido que fez
tanto estrago em nossa nação.