Aproveitando a polêmica que lancei sobre a abertura de Dan Da Dan, venho indicar o canal Anime Ken Tv que, por sua vez, analisou a abertura. Ele é músico profissional e é especialista em guitarra! Se clicar e gostar do vídeo, se inscreva lá e faça-o crescer! E, de forma inesperada, um youtuber japonês fez um vídeo essa semana desabafando sobre a solidão no Japão. O vídeo mostra que a crise da masculinidade, veja texto de segunda-feira da semana passada, está afetando o Japão com muita força. Samurai Daddy é casado, com filho, e se sente sozinho e solitário, muito por conta da confusão de papéis que vivemos hoje em dia. É um relato que confirma e aprofunda o tema da crise. Assistam!
Em um laboratório distante de toda a humanidade existia uma
baia com um ratinho. Ao lado da baia deste ratinho branco de laboratório existia
a baia de uma família de cobras. Era uma situação delicada, pois só existia uma
parede de vidro que separava o ratinho de seus predadores. Entretanto, o
ratinho confiava no cientista que cuidava dele. O ratinho imaginava que o
cientista o defenderia de tudo, principalmente das cobras ao lado.
Certa manhã, após efetuar sua primeira refeição, ainda se
limpando, o ratinho notou uma rachadura no vidro que o separava das cobras. Era
uma rachadura pequena, mas isso o preocupou. As cobras notaram também. O
ratinho chamou o cientista e disse:
--- Cientista, note esta rachadura no vidro. Ela me coloca
em perigo, por favor, troque este vidro.
O cientista verificou o vidro, mas não falou nada. Ele
também não trocou o vidro, todavia, o ratinho ainda confiava nele. Toda manhã o
ratinho ia verificar o vidro e notava a rachadura sempre. Com o passar do
tempo, o ratinho notou que a rachadura estava aumentando. Com o aumento da
rachadura, aumentava também a preocupação do ratinho.
--- Cientista, por favor, a rachadura está aumentando!
Poderia trocar o vidro? Eu te peço, por favor!
O ratinho estava aflito. O cientista olhava a rachadura,
conhecendo o problema, mas nada fazia. O cientista continuava em silêncio. A
certeza do ratinho de que o cientista o iria ajudar já estava ficando abalada.
E as cobras estavam ficando alegres, pois percebiam ali uma oportunidade.
Certo dia, o ratinho foi acordado com um grande barulho. O
vidro, por causa do aumento da rachadura, havia desmoronado. Cacos de vidro se
espalhavam pela baia do ratinho. O maior temor do bichinho veio quando ele
começou a ouvir a respiração das cobras, que notaram a queda da única proteção
que o rato possuía.
As cobras tinham certeza de que o momento de devorar o
ratinho havia chegado! Elas avançaram ferozmente contra o ratinho. Temeroso pela
própria vida, o ratinho correu, pulou, tentou se esconder e fazia de tudo para
evitar ficar ao alcance da mordida das cobras. Entretanto, eram muitas cobras e
o ratinho acabou cercado. Demonstrando bravura, o ratinho ameaçava as cobras,
mas já sabendo que seria devorado. Ele não tinha mais esperanças de ser salvo.
--- É agora que vamos experimentar a sua carne! --- disse
uma das cobras ao ratinho.
Antes do bote de uma das cobras, uma sombra cobriu a baia. As
cobras recuaram e uma grande mão tomou o ratinho para si. Era a mão do
cientista que resgatara o ratinho e o colocara em uma baia mais ao alto, longe
das presas das cobras. O cientista, então, olha para o ratinho e diz:
--- Agradeça a mim por ter te livrado das cobras!
--- Eu te agradeço por isso, cientista! Obrigado! ---
agradece humildemente o ratinho.
Apesar disso, uma mistura de sentimentos toma conta do
ratinho. Ele está profundamente agradecido ao cientista por tê-lo livrado, mas,
também, está bastante triste com o cientista. O ratinho, ao final deste macabro
dia, chora com um misto de alegria e tristeza.
Caso queiram usar este pequeno conto em sala de aula, por
favor, deem o devido crédito ao autor. Sugestão de debate em sala é discutir
porque o ratinho ficou triste e alegre.