E O SONHO...
Um sonho não passa de um sonho? Apenas formas e ideias arquivadas pelo cérebro e processadas à noite, no momento de descanso? Não. Sou holístico, sou espiritualista, sou curioso. Sonhos são interpretações do diário, mas também respostas a uma alma angustiada. Um espírito antecipa um futuro utilizando-se de ferramentas do imaginário, arquivadas na mente, e tranquiliza um coração pela antecipação de eventos. Ao dormir, e sonhar, estaremos muito perto de tocar os limites selvagens do “mundo das ideias” de Platão.
“Assim como os filósofos que o antecederam, Platão também queria encontrar algo de eterno e de imutável em meio a todas as mudanças. Foi assim que ele chegou às ideias perfeitas, que estão acima do mundo sensorial.”
Para a semiótica, aqui está um segredo:
“Signo é uma entidade que é portadora da mensagem ou do fragmento dela.”
O mundo se apresenta e é conhecido pela experiência dos sentidos. Sensações, imagens e sentimentos são arquivados e processados. Mas não é só isso, pois o signo é tocado de forma mais profunda pelo espírito. O sonho é uma viagem do espírito através de dimensões interpretativas novas. Se o mestre Masaharu assim refletiu:
“Tudo que é transitório e sujeito a nascimento e morte não é essência; nada mais é que projeção da mente. Mudando-se a mente, muda também a forma. A matéria não é Imagem Verdadeira do ser;”
Então, já sabemos que o mundo material, não sendo perene, não cabe em si a plenitude das ideias de Platão e nem a imagem verdadeira do homem. Logo, não devemos tentar explicar os sonhos meramente pela ação sináptica, mas pelo todo que o homem é:
“O que é eterno, eis o Eu! O que é imortal, eis o Eu! O que é universal, eis o Eu!” (Canto da Vida Eterna).
Para o mestre Masaharu, o “Eu” é o signo, assim como para Platão. Como o “eu” é o signo, pela visão holística, então o “eu” é eterno, é mente, é corpo, é espírito. Por isso, afirmo que sonhos também são alentos que nos são enviados para evitar dores e lamentos. Sei bem disso.
Leitura complementar: