Olá, pessoal! No vídeo de hoje, vou refletir um pouco sobre a abrangência e a importância dos animes na cultura asiática como um todo. Já parou para pensar que os animes e mangás vão muito além de simples formas de entretenimento? Eles se transformaram em verdadeiros embaixadores culturais da Ásia! Vamos explorar juntos como essas obras têm desempenhado um papel fundamental nessa missão cultural. A Importância do Reconhecimento Cultural Em 2008, o governo japonês, sob a liderança do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, deu um importante passo ao nomear personagens de anime, como Doraemon, como "embaixadores culturais" do Japão. Essa iniciativa ressaltou o valor dessas produções como meios de expressão artística e cultural, que refletem os valores, tradições e a vida cotidiana do povo japonês. Os animes e mangás se tornam, assim, uma "janela" para a rica tapeçaria cultural do Japão, promovendo uma conexão autêntica com pessoas ao redor do mundo. Mais do que Entreten...
Sempre me perguntei porque sentia-me
atraído pela poesia gótica, ou elementos góticos apresentados em textos como “O
Corvo” (Edgar Allan Poe). Os textos góticos, segundo alguns estudiosos, foram
uma reação ao sentimento racionalista/humanista que embebia as temáticas de
época. Ao apresentar histórias nas quais o sobrenatural imperava, muitas vezes
de maneira sombria, como se a própria morte acompanhasse cada palavra, ao mesmo
tempo em que o romance ultrapassava as barreiras da vida e da morte (Drácula),
deu-me a certeza de que não precisávamos, como autores, ficarmos restritos ao
natural, ou mundano, mas que as letras poderiam criar elementos fantásticos.
Lembrava-me da presença mitológica, muitas
vezes usada como pano para histórias que, embora tenham sido criadas por uma
única sociedade, em determinada época, poderiam ser aceitas por qualquer um.
Com isso, textos mitológicos, como as histórias sobre Tengus avançaram séculos,
inspiraram diversas histórias e ultrapassaram as barreiras de nacionalidade,
sendo admiradas por várias nações, embora seu berço tenha sido o Japão.
Digo, com os dois parágrafos acima, que os
textos de origem gótica foram a minha salvação com escritor, o meu horizonte
para a criação de textos. Não quero, de maneira nenhuma, afirmar que uma
vertente seja melhor que outra, apenas que assimilei, nos textos góticos e
românticos, a minha saída narrativa. Assimilei e me encontrei em cada palavra
deste movimento.
“Se
assim me vê,
Vai,
encontra com teu pai,
Mortos
uni-vos”. (Haikai por Patrick Raymundo de Moraes)
É meu escape para agruras e sentimentos que
planto em cada página, para não deixar que estes elementos me consumam o
coração com energia negativa. Ao mesmo tempo, a poesia romântica é, para mim, a
idealização de um amor que não é apenas platônico, mas real e sublime. Colocar
no papel este amor é libertar sentimentos no papel e deixar que estas letras
levem aos leitores os bons sentimentos. Então, a poesia romântica e a gótica se
complementam em mim e são, juntas, o meu solo fértil.
“A
bela noite, em manto sereno de ventos e perfumes, é a minha cúmplice no amor
que me candeia o coração. Amor por ti, amada donzela, cujos cabelos escorrem
como pequena cachoeira doce e prateada. Olhos que confundem estrelas e fazem
sereias se corroerem de ciúmes, por tão acolhedor brilho, olha-me! Torno a
existir somente em teus seios, torno a viver somente em teus braços e torno a criar
somente por teus aromas. Amada donzela, sê minha para criarmos juntos as
palavras desta paixão. “ (Poesia romântica por Patrick Raymundo de Moraes)”.
O amor romântico não é apenas aquele amor
irreal, que usa de símbolos, como elementos da natureza, para dignificar uma
pessoa, mas é a minha resposta para a crueldade e desumanidade deste tempos em
que vivemos. Resgatar essa forma pura de amor é minha resposta narrativa e
literária que me permite expressar um sentimento.
Parece contraditório expressar-me de duas
formas antagônicas, mas o homem é um ser contraditório. Acolho-me na minha
contradição, e expresso-me livrando-me das energias negativas com o uso da
palavra e, também, expresso o amor e a bondade pelas palavras que leem agora. É
a minha libertação: ser contraditório, mas completo e cheio de palavras para
expressar-me!
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Saiba mais:
Romantismo: “O
romantismo é todo um período cultural, artístico e literário que se inicia na
Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século
XIX. (...) Foi através da poesia lírica
que o romantismo ganhou formato na literatura dos séculos XVIII e XIX. Os
poetas românticos usavam e abusavam das metáforas, palavras estrangeiras,
frases diretas e comparações. Os principais temas abordados eram : amores
platônicos, acontecimentos históricos nacionais, a morte e seus mistérios. As
principais obras românticas são: Cantos e Inocência do poeta inglês William
Blake, Os Sofrimentos do Jovem Werther e Fausto do alemão Goethe, Baladas
Líricas do inglês William Wordsworth e diversas poesias de Lord Byron. Na
França, destaca-se Os Miseráveis de Victor Hugo e Os Três Mosqueteiros de
Alexandre Dumas.” (Sua Pesquisa. Com)
Textos
Góticos: “Álvares de Azevedo introduziu na literatura brasileira elementos
da tradição gótica, como a morte, o ambiente noturno, o amor, o vampirismo.
Essa produção rompe com os valores da sociedade, pois apresenta um caráter
marginal.
Há outros escritores que
tiveram ligações com essa tendência, na Europa, Charles Baudelaire e Mallarmé,
nos Estados Unidos, Edgar Allan Poe e no Brasil, Cruz e Sousa, Alphonsus de
Guimaraens e Augusto dos Anjos.
As obras Noite na taverna
(contos) e Macário (peça teatral) representam a produção gótico-romântica em
prosa; ambas de Álvares de Azevedo”. (Site Brasil Escola)