Olá, pessoal! Nesse vídeo quero falar um pouco sobre os dialetos do Japão. Depois de assistir ao amor de Okinawa e de ver como traduziram as expressões e falas da Mona da série "Medaka Kuroiwa is impervious to my charms", decidi explicar um pouco mais sobre essas questões. Vamos lá? Me acompanham? O Japão é um país fascinante, não apenas por sua cultura rica e história milenar, mas também pela diversidade linguística que reflete a identidade de suas regiões. Estima-se que existam cerca de 15 dialetos principais , além de inúmeras variações regionais. Esses dialetos são agrupados em dois grandes clados: Oriental (incluindo Tóquio) e Ocidental (incluindo Quioto), com os dialetos de Kyūshū e das Ilhas Hachijō frequentemente considerados ramos adicionais. Além disso, as línguas ryukyuanas, faladas em Okinawa e nas ilhas mais ao sul, formam um ramo separado na família japônica. Por que existem tantos dialetos no Japão? A diversidade de dialetos no Japão tem raízes históricas e...
A inspiração
“Que a
inspiração chegue não depende de mim. A única coisa que posso fazer é garantir
que ela me encontre trabalhando.” (Pablo Picasso)
Como se dá o processo de inspiração? Está pergunta
não é difícil de responder, como as demais que respondi sobre a questão autoral.
Pode ler aqui algumas “Noções Básicas para se escrever um Livro”. A inspiração, segundo muitos autores, é
o que menos influencia a produção autoral, seja textos, canções ou qualquer outra
obra.
“Devíamos ser ensinados a não esperar por inspiração
para começar algo. Ação sempre gera inspiração. Inspiração raramente gera ação.”
(Frank Tibolt)
Eu concordo com estes dois grandes nomes. O
que estas frases têm em comum? Elas
indicam que o trabalho inicia-se antes da inspiração chegar. Algumas pessoas já
me disseram que não tem coragem de escrever um livro, ou qualquer obra
artística, porque lhes falta inspiração. Entretanto, inspiração não é algo que
lhe caia na cabeça, tal qual a maçã de Newton, ou seja, ela necessita ser
trabalhada.
Lembram do que escrevi no meu texto “A escrita não é um ato isolado”? Que,
ao escrevermos algo, estamos dando vida ao interior. Um interior moldado por
outras pessoas, ou seja, outras vozes (palavras) que falam através de você. Ao
ler um texto, e colocar no papel alguma palavra, você está abraçando aquele
autor, dando voz às palavras que saíram do coração dele? Pois isso é uma
espécie de inspiração.
Pronto, o mistério
está revelado. Mesmo muitas pessoas não tendo consciência disso, a inspiração
vem, muitas vezes, do exterior que, ao sofrer introspecção, gera na mente do
autor um resultado positivo ou negativo. Este resultado será a primeira semente
a ser trabalhada para se criar uma obra.
“Imaginar é o princípio da criação. Nós imaginamos o que desejamos,
queremos o que imaginamos e, finalmente, criamos aquilo que queremos.”
(George Bernard Shaw)
E a autora de Frankenstein
(Mary Shelley) relatou que a inspiração para o livro se deu devido a um
pesadelo da autora, quando a mesma tinha apenas 19 anos. É como nos alertou
Carl Jung que “dentro de cada um de nós há um outro que não conhecemos. Ele
fala conosco por meio dos sonhos." Ficou meio esquizofrênico o texto não
é? Mas o sentido geral é este: a inspiração é um reflexo do que a sua mente
interpreta, e processa, como sua realidade e manifesta-se de inúmeras maneiras,
ora como sonhos, como ideias ou outros processos mentais dos mais diversos.
Um simples passeio
de trem fez Einstein formular uma das bases de sua teoria, assim como um pesadelo
ajudou a formar a ideia central de um dos mais incríveis livros de terror já
criados, ou seja, a inspiração aqui sempre foi a projeção de uma ideia, através
de um elemento externo, mas sempre um trabalho mental. Einstein estava sempre
raciocinando, mesmo quando efetuava trabalhos rotineiros, assim como a mente
continua trabalhando mesmo quando dormimos.
Posso encerrar
escrevendo que a inspiração não será um “anjo” que descerá dos Céus lhe
entregando um pergaminho com a grande ideia, mas que a inspiração já está em
você. Basta trabalhar o texto, conhecer as regras, visualizar o mercado e,
acima de tudo, sentir o que você está escrevendo. Para o meu livro “Apocalipse:
Brasília”, ainda não publicado, a inspiração se deu pela motivação religiosa da
época, aliada à paixão pelos desenhos japoneses e com boas doses de cenas de
filmes de ação. Peguei todos estes fatores externos, digeri cada um deles e
moldei o miolo conforme escrevi em “noções básicas para escrever um texto”,
então, exercitei elementos exteriores e a inspiração pegou-me trabalhando. Se é
um bom livro, somente posso responder após publicar! J Em geral é isso, uma criação é sempre
inspiração aliada ao trabalho, e ao desenvolvimento interior, que reflete como
aquela ideia exterior se projetou no espírito do criador.