Aproveitando a polêmica que lancei sobre a abertura de Dan Da Dan, venho indicar o canal Anime Ken Tv que, por sua vez, analisou a abertura. Ele é músico profissional e é especialista em guitarra! Se clicar e gostar do vídeo, se inscreva lá e faça-o crescer! E, de forma inesperada, um youtuber japonês fez um vídeo essa semana desabafando sobre a solidão no Japão. O vídeo mostra que a crise da masculinidade, veja texto de segunda-feira da semana passada, está afetando o Japão com muita força. Samurai Daddy é casado, com filho, e se sente sozinho e solitário, muito por conta da confusão de papéis que vivemos hoje em dia. É um relato que confirma e aprofunda o tema da crise. Assistam!
Cavaleiros do Zodíaco Ômega
Análise do primeiro box
Esta análise possui spoilers, não leia se ainda não viu!
Clique nas imagens para ampliar e ver detalhes!
Como analisar uma
série, que já passou de 52 capítulos, somente com uma análise de seus doze
primeiros capítulos? Como analisar uma série com mudança no enredo tão
gritante? Simplesmente, sendo sincero comigo mesmo. Acredito que, somente consultando o lado
emocional, para analisar esta série de forma sincera. Então, eu me perguntei ao
assistir: gostei? Não! Não deu para gostar de tudo. Mas a série ainda se desenvolve, então, pode ser que a opinião aqui mude.
Análise da caixa em si
Começo pela caixa!
O layout do box, que protege os três volumes, está realmente bem feito em cor,
detalhe e desenho, entretanto, as capas de cada volume deixam a desejar. Parece
que tiraram o desenho da capa, de cada volume, do escaneamento de um pôster. Além
da qualidade estar baixa, o desenho escolhido, para a capa, tem um traço de
contorno muito grosso. Para uma opinião pessoal, achei ruim. Deveria ter achado um desenho com o traço mais fino, ou inserir mais detalhes ao fundo.
Não bastasse isso,
alguns erros passaram pelo pessoal da revisão, pois o volume 3 possui, na parte
em que se define o título de cada episódio do disco, 4 episódios de número 1.
Sim, como isso passou sem que ninguém percebesse? Vejam na imagem abaixo.
Fora isso, o logo da Playarte não está uniforme. Pode parecer bobagem, de um velho reclamão, mas, na universidade, aprendemos que o logo deve ser uniforme para todos os produtos que levem o selo da empresa. Nestes três volumes, o logo da Playarte muda de cor e de posição. A caixa fica
devendo por conta destes pontos que verifiquei, mas o que importa é o desenho,
ou seja, o animê, então, vamos para a análise do enredo. Vamos verificar o que
foi mudado e qual a justificativa para a mudança ocorrer.
Análise de partes do enredo
Cavaleiros
controlando os elementos, bem ao estilo Avatar? Cavaleiros Ninja? Isso é
explicado nestes dozes capítulos. Durante uma das primeiras lutas contra Marte,
a colisão de cosmos atraiu um meteoro. O meteoro, ao colidir com o solo, acabou
por fundir-se com as armaduras mudando-as, bem como o modo como o cosmo é
usado. Daí, o cosmo vai controlar os
elementos e ser dividido em várias partes: água, fogo, terra, vento, luz,
trevas e relâmpago. Mas trevas não poderia ser elemento, pois a escuridão é ausência de luz, ou seja, já começa errado por aí.
Qual a inspiração
disso? Acredito que isso tenha alguma influência de pesquisas científicas que
dizem que a vida na Terra se originou graças aos meteoros que trouxeram, para
cá, elementos que deram uma certa ignição para a vida se iniciar. O meteoro,
mudando o curso da história dos Cavaleiros, pode ter saído de alguma coisa
parecida com isso.
Porque essa
mudança? Adequar a história para uma geração acostumada com Naruto, One Piece e
Pokemon. Conseguir inserir, no roteiro, armas ninja, figures menos complicadas
de se fabricarem, dar um apelo mais jovial à história. Funcionou? Comigo não!
Não gostei disso. Aos meus olhos, o cosmo foi dividido e ficou incapaz de se
elevar, ficando restrito a partes e controle de partes.
Outra coisa que me
incomodou foi que os personagens principais não conseguem vencer um cavaleiro
de prata. Para vencê-los é um esforço monstruoso em equipe. Imediatamente, lembrei
de Fênix vencendo Shiva e Ágora, ou Shiryu vencendo Algol de Perseu. Ou seja, não
temos, por enquanto, alguém que se faça forte. É aquela imagem emocional que eu
tenho dos personagens do passado, e que não conseguiram transmitir para essa
nova geração.
Aliás, foi
vergonhoso ver Haruto de Lobo (ou seria Naruto?) usando diversas técnicas ninja
contra o Cavaleiro de Ouro Micenas de Leão e o cavaleiro nem se mexer. Simplesmente,
um massacre. E a coisa vai piorar pelo que vi, com armaduras possuídas,
cavaleiros de ouro rendidos à Marte e caricaturas ambulantes. Que saudade de
Lost Canvas!
Tem mais coisa que
eu não gostei? Sim, do Santuário ter sido destruído com a facilidade de um
piscar de olhos, da ausência de mais espaço para os personagens clássicos (Shun
e Seiya mostraram as caras, e o coitado do Shun ainda foi trolado por um
cavaleiro de prata surfando em uma pedra), de só existirem dois cavaleiros de
ouro em todo o Santuário e um deles ser adorador de Marte (putz). Até as animações são clichês de outras obras dos profissionais envolvidos
na produção, como mostra esse vídeo:
Vou parar por aqui! Até as frases de efeito soam ruins aqui.
E o que tem de bom?
Ainda no campo do
roteiro: Yuna de Águia seguir seu coração e se afastar da tradição. Isso, pelo
menos, tornou a série menos machista. Já aviso que sei que existe uma Amazona
de Ouro (Mulher-Cavaleiro- eu me recuso a usar) e também acho isso positivo,
pois é uma inovação que acrescenta valor à obra. A Palaestra ter sido criada
para educar os jovens cavaleiros e amazonas, apesar de soar como Harry Potter,
traz o elemento instrução para o enredo.
A dublagem foi bem
realizada. As vozes estão incríveis e a animação, apesar de não ser grandiosa,
não deixa a desejar. Tem algumas cenas boas, mas sem aquela sensação de
impacto. A música tema ficou bem legal também.
Conclusão:
A conclusão que
eu chego é que, com tantas mudanças, os empresários cuidaram de tentar abocanhar
novos fãs e esqueceram os antigos fãs da série. É algo que vai ser forçoso,
pelo menos para mim, continuar assistindo. Logo eu que tenho Lost Canvas como parâmetro
para comparações, vou achar difícil continuar acompanhando, a menos que
considere a história um spin-off bem esquisito. Acho que vou ter que fazer
isso. Outra conclusão que eu cheguei é que eu estou muito reclamão estes dias. Desculpem!