Olá, pessoal! Nesse vídeo quero falar um pouco sobre os dialetos do Japão. Depois de assistir ao amor de Okinawa e de ver como traduziram as expressões e falas da Mona da série "Medaka Kuroiwa is impervious to my charms", decidi explicar um pouco mais sobre essas questões. Vamos lá? Me acompanham? O Japão é um país fascinante, não apenas por sua cultura rica e história milenar, mas também pela diversidade linguística que reflete a identidade de suas regiões. Estima-se que existam cerca de 15 dialetos principais , além de inúmeras variações regionais. Esses dialetos são agrupados em dois grandes clados: Oriental (incluindo Tóquio) e Ocidental (incluindo Quioto), com os dialetos de Kyūshū e das Ilhas Hachijō frequentemente considerados ramos adicionais. Além disso, as línguas ryukyuanas, faladas em Okinawa e nas ilhas mais ao sul, formam um ramo separado na família japônica. Por que existem tantos dialetos no Japão? A diversidade de dialetos no Japão tem raízes históricas e...
Acredito que em poucas semanas eu já tenha definido os
indicados para o meu "TOP 5º a 10º lugar".
Nessa temporada, todas as séries estão emboladas nesse setor. Umas estão
subindo e outras caindo. Tem séries que estão como verdadeiras “montanhas-russas”,
ora com capítulos fracos, ora com capítulos fortes. Está difícil montar um TOP
com tanta instabilidade, por isso, vou escrever um texto sobre “áreas cinzas”
para essa semana.
Como afirmei no texto “Temporada de Verão 2014”, as áreas cinzas são elementos não revelados do roteiro, ou
elementos de um roteiro mal realizado, que possui furos em sua história (as
áreas cinzentas). Se não for um furo no enredo, a "área cinzenta" é
um elemento surpresa do roteiro, que será revelado no final e vai mudar a
dinâmica dele. Complementando, uma área cinza tem o intuito de revelar uma surpresa,
ou seja, como nos livros de suspense, nos quais o detetive descobre o assassino
no instante final, por causa de um detalhe. O detalhe que sempre incrimina o
mordomo. A área cinza é este detalhe oculto que
muda a história completamente.
Expliquei abaixo, neste simples desenho, duas “áreas cinzas”
comuns em animação e mangás. O último exemplo pode parecer Cowboy Bebop, mas
não o é. É uma série da década de 80, mas não me lembro o nome dela. A
"área cinza” neste último exemplo é que a pessoa amada já estava morta nas
cenas iniciais. Caso prefira, pode exemplificar ali também com o “O Sexto Sentido”, pois o enredo é bem semelhante. Clique na imagem para ampliar e ler!
Para concluir, este tipo de estrutura se tornou
norma. Todos os roteiros querem ter uma “área cinza”, talvez para aumentar o
ego do escritor que se acha mais prestigiado se a usar. Nem todos a usam de
maneira adequada também. Tony Gilroy (Ultimato Bourne e Advogado do Diabo) dá dicas sobre roteiros quando
afirma:
“As grandes ideias não funcionam. Comece com
uma ideia pequena que possa ser expandida. Com a saga dos filmes Bourne, eu
nunca li os livros (uma trilogia de Robert Ludlum), preferi começar do zero. A
premissa simples do personagem Jason Bourne é: ‘eu não sei quem sou, nem de
onde venho, mas talvez eu possa me definir através do que sei fazer’.
Construímos todo um
universo a partir desta pequena ideia. Isso começa modestamente e vai sendo
construindo passo a passo. É assim que se escreve um filme para Hollywood”.
Existem livros maravilhosos sem a “área cinza”, com roteiro
simples e direto. Vou deixar como lição de casa que procure estes livros e
roteiros, pois nem tudo na vida pode ser demonstrado, mas tudo deve ser
investigado e procurado.