Solo Leveling- Maestria em animação! Conquistou a 25ª posição de melhor animação de todos os tempos segundo notas e avaliações dos usuários do My Anime List! Corrigido usando ChatON AI Ore dake Level Up na Ken Season 2: Arise from the Shadow - Pictures - MyAnimeList.net Sinopse : A segunda temporada de Solo Leveling continua a jornada de Sung Jinwoo, que evolui de um caçador considerado o mais fraco para um dos mais poderosos do mundo. Após sobreviver a uma masmorra mortal, Jinwoo adquire um sistema misterioso que permite sua evolução ilimitada. Nesta temporada, ele enfrenta desafios ainda maiores, incluindo batalhas épicas na Ilha Jeju e a luta contra Beru, o Rei das Formigas. A narrativa explora os mistérios das masmorras, a origem de seus poderes e sua transformação em um necromante formidável, acompanhado por um exército de sombras leais. Análise A tão aguardada segunda temporada de Solo Leveling chegou com um impacto impressionante, oferecendo aos espectadores uma animação d...
No segundo capítulo desta série, Kirito nos apresenta uma
definição do que poderia diferenciar o “real” do “virtual”. Para ele, a
diferença está basicamente na quantidade de informações que são repassadas.
Para o ambiente real, a quantidade de informações e dados que nos são
repassados é maior que no ambiente virtual. Nesse sentido, o ambiente virtual
que se desenvolva e aplique mais informações aos sentidos transformar-se-á em
ambiente real, ou estará próximo ao “real”.
São questões interessantes que envolvem filosofia, semiótica
e computação. Vamos ver se ele está certo? Na verdade, uma pesquisa, mesmo que
pequena, com a finalidade de preencher um blog, ainda pode promover um debate. Lembrando
sempre que na construção da pesquisa nada está certo, ou errado, mas alimenta
com dados pesquisas futuras, que podem comprová-la ou refutá-la. Para AndréLuis Silva da Silva, “de acordo com
Thomas Kuhn (1962), epistemólogo que abordou como conceitos fundamentais a
evolução científica a partir da superação e mudança de paradigmas, uma mudança
de paradigma nas ciências consolida-se como o ponto de partida para um ensino
com utilidade, que forme sujeitos pensantes e questionadores, capazes de
positivamente interagir em uma sociedade cada vez mais complexa e exigente”.
Comecemos pelas definições que farão parte da lógica de
construção da realidade. Já no primeiro texto que li, O mito do “virtual” e da
“virtualidade”, o professor José Antônio Meira da Rocha tem pensamento
semelhante. Ele parte do conceito de “virtual” e “virtualidade” para construir
seu pensamento. Nos seguintes parágrafos, dou uma leve pincelada no que ele
escreveu. Para ler o texto completo, deixarei o link em seguida.
Para a Computação Gráfica
No XII Symposium on Virtual and Augmented Reality, ocorrido em
maio de 2011, em Minas Gerais, o conceito de mundo virtual foi divulgado e “definido
como uma interface computacional que permite ao usuário interagir em tempo
real, em um espaço tridimensional gerado por computador, usando seus sentidos,
através de dispositivos especiais” [Kirner 2011]. O usuário pode perceber o
mundo virtual, através de uma janela constituída pela tela do monitor ou pela
tela de projeção ou ser inserido no mundo virtual, através de capacete (HMD) ou
de salas com multiprojeção (cavernas) e
dispositivos de interação”.
Aqui já temos uma pequena pista, pois a palavra virtual está
empregada. Sabem quem a usou pela primeira vez? Segundo José Antônio Meira da Rocha, o termo foi usado pela primeira vez em 1950. Em
1989, Jaron Lanier popularizou o termo criado por Ivan Sutherland. Assim ele
explica a origem um tanto bagunçada: “Eu originalmente me aproximei do termo como
uma reação ou uma resposta a um termo que já estava por aí. Tinha um cara
chamado Ivan Sutherland — ele é o pai da computação gráfica — e ele usava o
termo ‘mundos virtuais’, o qual na verdade remete a uma filósofa das artes
chamada Suzanne Langer. Ela falava sobre mundos virtuais nos anos 1950, antes
que houvesse tecnologia para imaginá-los; ela estava usando o termo como uma
metáfora” e, mais adiante, José continua a explicação, ao afirmar que “Suzanne
Langer, uma filósofa da música, descreveu estas concepções de virtual no livro
Sentimento e Forma, publicado originalmente nos anos 1950 (LANGER, 1980). Para
ela, olhando um quadro figurativo criaríamos em nossas mentes um “mundo
virtual”. Um quadro de paisagem criaria aquela paisagem em nossa mente”.
Para a Semiótica
É interessante notar que o termo usado fora criado com uma
significação diferente, por isso, precisamos estabelecer mais significados para
o termo “virtual”/ “virtualidade”. A semiótica é o estudo dos signos e dos
significados e pode ser usada nesta questão por aferir profundidade ao termo. Para
a definição estabelecida no simpósio, existe um processo comunicacional entre o
usuário e a máquina em tempo real, ou seja, tudo é linguagem, portanto, tudo é
significação e significado (semiótica). O virtual é algo em potencial, que se
materializa no campo das ideias (Platão). Ao se dar profundidade ao virtual,
ele deixa de ser algo em potencial e torna-se algo de fato, ou seja, o real.
O professor José Antônio
não gosta do termo definido por Lévy, pois, para ele, os conceitos dados pelo
pesquisador apontam que tudo pode ser virtual. No entanto, o professor ao final de seu texto
afirma que tudo é real, então, ele apenas inverteu a ótica de Lévy. Se para
Lévy o virtual não é uma ilusão, mas um processo de construção da realidade
desde o primeiro pensamento da humanidade, o professor José defende que nada é
virtual, pois tudo é massivamente real, incluindo o próprio pensamento que é
uma interação sináptica.
Fábio Oliveira Nunes usa a definição de Lévy, “A virtualização não é, em nenhum
momento, um desaparecimento ou uma ilusão. Ela é, afirma Lévy (nota), uma
dessubstancialização que se inclina na desterritorialização, num efeito
Moebius, na passagem sucessiva do privado ao público, do interior ao exterior e
vice-versa. A subjetivação (dispositivos técnicos, semióticos e sociais no
funcionamento somático e fisiológico do indivíduo) e a objetivação (influência
dos atos subjetivos na construção do mundo) são dois movimentos complementares
desse processo virtualizante. Para Lévy, a virtualização não é um fenômeno
recente, pois toda a espécie humana se construiu por virtualizações
(gramaticais, dialéticas e retóricas). O real, o possível, o atual e o virtual
são complementares e possuem uma dignidade ontológica equivalente"
.
Ao final, José defende novos termos, pois virtual não tem
uma definição precisa, “Em Pedagogia, Informática e Comunicação, os
termos “virtual” e “virtualidade” são definidos imprecisamente ou
impropriamente e não explicam a natureza dos fenômenos em que são aplicados. Como
significado oposto ao real, não devem ser usados porque todas as interações que
existem no universo são reais, inclusive a imaginação. Ou, visto pelo ângulo da
Semiótica, todos os fenômenos do universo são significações”.
Complemento ao afirmar que o pensamento não é apenas gerado
e distribuído por células nervosas (neurônios), mas também influencia nesta rede
sináptica, principalmente se nos referirmos ao pensamento abstrato. O Pensamento Abstrato-- Dr. Jorge Martins de Oliveira e Dr. Júlio Rocha do Amaral— o
pensamento abstrato “quando envolvido num processo de
criatividade, ele adquire uma tal magnitude, que acaba por se constituir em
forte estimulo, capaz de promover a proliferação dendrito-axonial, criando
novas sinápses. Torna-se, assim, um poderoso estimulador do aprendizado, do
conhecimento e da potencialidade de memorização”. É algo “físico-virtual”
no qual o virtual transforma o real, ou seja, impulsos elétricos (virtual)
promovendo estímulos e crescimento de redes sinápticas (material/real). O virtual, então, é um nível estagiário do real que o complementa.
Conclusão
A conclusão que se chega é que o virtual é um nível de conhecimento
do real (realidade). Assim como o próton e o elétron são partes de um átomo,
real e virtual são partes do mesmo processo dimensional que nós chamamos de
realidade. O virtual é um passo ao real, não sendo contrário a ele, mas sua mais
importante ferramenta de construção. Desta maneira, Kirito pode ter acertado ao
defender que o virtual necessita transmitir mais informações para se aproximar
do real.
O professor José, ao tratar dos termos “interação ao vivo” e
“interação online” já utiliza termos parecidos com as palavras do Kirito e
chega a uma proximidade com o conceito lançado em Sword Art Online.
A rigor, não existe diferença
entre uma interação ao vivo e uma interação por computador, a não ser na forma
de maior resolução e qualidade da mediação. Uma interação ao vivo tem maior
resolução, maior quantidade de informações que uma mediação por computador. Mas
também é mediada. Sendo ambas interações mediadas e tendo ambas a mesma
natureza, como todas as mediações, não faz sentido diferenciá-las, a não ser
pelo nome da mídia: interações ao vivo, interações online, por exemplo.
Desta forma, podemos perceber que as palavras do Kirito possuem
substância e estão de acordo com conceitos elaborados por diversos estudiosos.
Vamos esperar e ver se, algum dia, poderemos ter um avanço tecnológico que nos
permita entrar em jogos e viver neles como se fossem parte da dimensão que
chamamos de realidade.