Olá, pessoal! Nesse vídeo quero falar um pouco sobre os dialetos do Japão. Depois de assistir ao amor de Okinawa e de ver como traduziram as expressões e falas da Mona da série "Medaka Kuroiwa is impervious to my charms", decidi explicar um pouco mais sobre essas questões. Vamos lá? Me acompanham? O Japão é um país fascinante, não apenas por sua cultura rica e história milenar, mas também pela diversidade linguística que reflete a identidade de suas regiões. Estima-se que existam cerca de 15 dialetos principais , além de inúmeras variações regionais. Esses dialetos são agrupados em dois grandes clados: Oriental (incluindo Tóquio) e Ocidental (incluindo Quioto), com os dialetos de Kyūshū e das Ilhas Hachijō frequentemente considerados ramos adicionais. Além disso, as línguas ryukyuanas, faladas em Okinawa e nas ilhas mais ao sul, formam um ramo separado na família japônica. Por que existem tantos dialetos no Japão? A diversidade de dialetos no Japão tem raízes históricas e...
Diz a teoria do “agenda setting” (teoria do agendamento) que
os meios de comunicação podem influenciar na conversa do cotidiano do cidadão e
influenciá-los de certa maneira, fazendo com que percebam um fato como de
grande ou pouco impacto. Vou deixar uma explicação melhor abaixo:
"(...)em consequência
da ação dos jornais, da televisão e dos outros meios de informação, o público
sabe ou ignora, presta atenção ou descura, realça ou negligencia elementos
específicos dos cenários públicos. As pessoas têm tendência para incluir ou
excluir dos seus próprios conhecimentos aquilo que o mass media incluem ou excluem do seu próprio conteúdo. Além
disso, o público tende aquilo que esse conteúdo inclui uma importância que
reflete de perto a ênfase atribuída pelos mass media aos acontecimentos, aos problemas, às
pessoas."
Donald Shaw , 1979 (In: WOLG ,
1994)
Então, algumas décadas atrás, os estudiosos
acreditavam que um fato seria relevante de acordo com o grau de exposição dele
na mídia. E que as conversas do cotidiano seriam baseadas neste agendamento da
mídia. Por exemplo, o povo falaria sobre o campeão do futebol inglês enquanto
houvesse divulgação disso pela mídia. Surgindo um novo tema nos meios de
comunicação, logo o campeão inglês seria esquecido.
O ano de 2016 veio a revelar alguns pontos
importantes sobre a distribuição de atenção do público nos meios de comunicação.
Dois exemplos vieram a demonstrar que a midia convencional pode estar deixando
de ser o carro-chefe do agendamento. Durante o evento do impeachment, correu a
notícia de que as operadoras de internet no Brasil limitariam os novos contratos
de banda larga pela quantidade de fluxo de dados, limitando a nossa internet. Estava
jogado na mídia o que deveria ser o novo agendamento, ou seja, o povo deveria
esquecer o impeachment e começar a discutir o limite de fluxo de dados. Isso
não ocorreu. A discussão sobre o impeachment não morreu e juntou-se ao da
internet limitada, que logo se juntou às notícias sobre Lula e Dilma (obstrução
da justiça). Apesar do esforço em agendar um novo tema, os temas anteriores não
morreram e todos os temas passaram a conviver no espaço social do brasileiro.
Existe um efeito do agendamento, que é fazer com
que um consumidor acredite que um produto é bom, ou seja, o agendamento tem a
tendência de promover produtos e serviços. Veja o caso do filme Ghostbusters.
Ele foi amplamente elogiado em diversos meios de comunicação, fazendo com que o
filme recebesse o score de 73% de críticas positivas. Agora, repare na média ao
lado (score do público) na imagem que abre este texto. O agendamento ajudou na bilheteria (o estúdio esperava
algo em torno de 44 a 50 milhões, e recebeu 46 milhões). O estúdio calculou que
receberia 150 milhões em 15 dias, segundo a força deste agendamento, mas está
com 106 milhões e 17 dias, ou seja, algo deu errado.
Conclusão
O que estes dois exemplos mostram é que o
agendamento não possui nos meios de comunicação tradicionais, sua melhor força.
No caso do impeachment, as redes sociais e o streaming continuaram suprindo o público com
informações, não permitindo que a notícia esfriasse. Isso possibilitou que o
tema permanecesse em pauta e ainda levou cerca de 4 mil pessoas às ruas no
domingo passado, em Brasília. Outros milhares se manifestaram em diversas
capitais. Já o filme em questão, teve na internet o seu algoz. As críticas
ruins começaram a proliferar em vídeos, blogs e em plataformas como a do Rotten
Tomatoes, dando ao filme um score de 3.2/5. Isso esfriou o interesse do público
que ainda estava em dúvida se iria aos cinemas ou não.
Os dois exemplos provam que os meios tradicionais
devem conversar com os novos meios de comunicação (não tão novos assim) para
conseguir atingir o público como faziam antigamente, e que o público, agora,
possui meios mais livres para manifestar sua vontade e se mover para onde, como
e quando quiser.