Olá, pessoal! Nesse vídeo quero falar um pouco sobre os dialetos do Japão. Depois de assistir ao amor de Okinawa e de ver como traduziram as expressões e falas da Mona da série "Medaka Kuroiwa is impervious to my charms", decidi explicar um pouco mais sobre essas questões. Vamos lá? Me acompanham? O Japão é um país fascinante, não apenas por sua cultura rica e história milenar, mas também pela diversidade linguística que reflete a identidade de suas regiões. Estima-se que existam cerca de 15 dialetos principais , além de inúmeras variações regionais. Esses dialetos são agrupados em dois grandes clados: Oriental (incluindo Tóquio) e Ocidental (incluindo Quioto), com os dialetos de Kyūshū e das Ilhas Hachijō frequentemente considerados ramos adicionais. Além disso, as línguas ryukyuanas, faladas em Okinawa e nas ilhas mais ao sul, formam um ramo separado na família japônica. Por que existem tantos dialetos no Japão? A diversidade de dialetos no Japão tem raízes históricas e...
Moro, Aécio, Renan e o STF. (Parte 2)
Continuando o texto da sexta-feira, foi nesse mesmo dia que
vimos um absurdo que eu achei difícil de julgar. O STF decidiu que o Renan
Calheiros não estará na linha sucessória para assumir a Presidência da
República, mas poderá manter o cargo de Presidente do Senado. Eu entendi que
isso foi feito para evitar maior turbulência política, pois o segundo na linha
de sucessão é oposição ao governo. Isso poderia colocar em risco o andamento
das reformas para tirar o país da miséria que o PT nos colocou. É quase igual a
retirar a presidente do poder, mas manter os direitos políticos dela intactos.
Lembram?
Eu consegui entender isso e achei difícil, na ocasião, saber
se foi certo ou errado. Agora, estou com a tendência de achar que foi errado. Pelas
regras da Constituição, Renan deveria perder o cargo e o mandato. Caso o
senador, que fosse assumir a Presidência do Senado, atrapalhasse as votações
das reformas no Senado, nós nos manifestaríamos, colocaríamos pressão em cima
e, finalmente, poderíamos entrar com
ações contra ele. Também acredito que as lideranças políticas, após as
manifestações mais recentes, estariam mais sensíveis aos apelos do povo e não iriam permitir que ele viesse a atrapalhar
as reformas. Então, não se justifica deixar o Renan na presidência para evitar
uma crise política maior.
E a coisa piora ao se ler a notinha que ele escreveu depois
de se recusar a receber o oficial de justiça que iria determinar a retirada
dele da presidência. Na notinha, após a decisão esquisita do STF, ele escreve,
talvez em tom irônico, “É com humildade
que o Senado Federal recebe e aplaude a patriótica decisão do Supremo Tribunal
Federal. A confiança na Justiça Brasileira e na separação dos poderes continua
inabalada”. Dá para aguentar uma coisa dessas?
No twitter, eu afirmei que o Aécio deveria ser julgado no
STF e que era lá que deveria residir a maior pressão e a reclamação popular.
Entretanto, será mesmo que o nosso STF está forte para julgar alguma coisa?
Depois do absurdo do rito do processo de impeachment, depois de decisões controversas
como esta do Renan, será mesmo que conseguiremos ver algum político ser
devidamente julgado na casa?
E termino com a frase da sexta-feira. Mais grave que uma
foto com um juiz que não pode julgá-lo, é ver ele rindo com um juiz que pode
fazê-lo.
Fonte: André Dusek/Estadão Conteúdo |