Solo Leveling- Maestria em animação! Conquistou a 25ª posição de melhor animação de todos os tempos segundo notas e avaliações dos usuários do My Anime List! Corrigido usando ChatON AI Ore dake Level Up na Ken Season 2: Arise from the Shadow - Pictures - MyAnimeList.net Sinopse : A segunda temporada de Solo Leveling continua a jornada de Sung Jinwoo, que evolui de um caçador considerado o mais fraco para um dos mais poderosos do mundo. Após sobreviver a uma masmorra mortal, Jinwoo adquire um sistema misterioso que permite sua evolução ilimitada. Nesta temporada, ele enfrenta desafios ainda maiores, incluindo batalhas épicas na Ilha Jeju e a luta contra Beru, o Rei das Formigas. A narrativa explora os mistérios das masmorras, a origem de seus poderes e sua transformação em um necromante formidável, acompanhado por um exército de sombras leais. Análise A tão aguardada segunda temporada de Solo Leveling chegou com um impacto impressionante, oferecendo aos espectadores uma animação d...
Pode um Conservador ser Liberal?
Surgiu na minha conta do Twitter esta questão, pois eu me
identifico como sendo um conservador, mas com abordagem liberal para as coisas
do Estado, dentre elas, a economia. Tem como ser assim, ou estou me enganando?
Eu afirmo que é possível, pois ambas as ideologias possuem convergências.
O Liberalismo de Mises
Quando me refiro ao liberalismo, refiro-me a um dos maiores
líderes da escola austríaca- Ludwig Von Mises que, em seu trabalho “Liberalismo”,
na versão brasileira, em sua segunda edição de 2010, descreve o liberalismo tendo como
objetivo a maior felicidade possível ao
maior número de pessoas (Mises: p. 38), liberdade individual, propriedade
privada, livre mercado e a paz. Ele não entra na questão dos direitos naturais
(clique)
e acredita na cooperação social. (Mises: p. 20). Para ele, deve existir um
Estado que defenda a propriedade privada, liberdade e a paz (Mises: p. 65), mas
que, segundo Mises, “a razão pelo qual o
liberalismo se opõe à maior extensão da esfera de ação do governo é,
precisamente, porque isso significaria, com efeito, a abolição da propriedade
privada dos meios de produção” e a propriedade privada dos meios de
produção é a organização ideal do homem em sociedade. O liberalismo de Mises é uma releitura do liberalismo clássico, com certas alterações, mas, em síntese, é apenas isso. E qual a razão de uma pessoa se chocar ao ouvir que eu posso ser um conservador e um liberal? Explico abaixo.
O Liberalismo "sequestrado"
O Liberalismo "sequestrado"
O problema reside no fato relatado no prefácio do livro de Mises. Ele descreve um “sequestro”
do termo liberalismo, por socialistas. Segundo o prefácio da edição de 1985, “a palavra foi apropriada por filósofos
socialistas, especialmente nos Estados Unidos, para uso em seus programas de
intervenção estatal e de “bem-estar”. Com
isso, muitos ditos “liberais” começaram a defender a luta de classes, liberação
de drogas, aborto e agendas semelhantes às agendas dos socialistas fabianos (clique). Esse sequestro
fica evidente quando colocamos em atrito duas frases, uma de Tim Moen, e
a outra de Mises.
“Meu desejo é que casais
gays possam defender suas plantações de maconha portando armas de fogo.” (Tim Moen)
X
“Classe alguma poderia
defender o liberalismo para seus próprios interesses egoístas, em detrimento de
toda a sociedade e dos outros estratos da população, simplesmente porque o
liberalismo não serve a qualquer interesse especial. (...) Ser um liberal é
compreender que um privilégio especial concedido a um pequeno grupo à custa de
outros não pode, a longo prazo, ser preservado sem luta.” (Mises)
E o que Mises defendia era justamente oposto. Por isso, o termo "liberal" coloca um frio na espinha de quem o ouve, pois é um termo que foi indevidamente usado para justificar lutas de classe. Considerando que o liberalismo clássico de Mises nada possui de socialista, esse erro se esvai e a tranquilidade retorna. Lew Rockwell: "Esse vínculo direto que Mises fez entre o liberalismo e o capitalismo também ajudou a separar a posição liberal das outras formas fraudulentas que estavam emergindo na Europa e nas Américas. Esse falso liberalismo alegava que havia uma maneira de favorecer tanto a liberdade civil quanto o socialismo, assim
Mises argumentava, a liberdade é uma peça única. Se o governo é grande e poderoso o suficiente para aniquilar a liberdade de comércio, para inflacionar a moeda, ou para financiar serviços públicos maciços, não se precisa de muito mais para também se controlar a imprensa e todas as formas de expressão, e para se envolver em aventuras militares no estrangeiro".
O liberalismo de Mises, volto a afirmar, é a busca do liberalismo clássico, ou seja, do bem-estar material para que o homem consiga
alcançar a sua felicidade interior. (Mises: p. 35 e p. 36) É a proteção da organização
social dos meios de produção, da paz, da liberdade individual e do livre
comércio. Não existe nada que atrite com o conservadorismo, pois, como um bom economista, Mises trabalhou usando apenas o essencial, de acordo com a navalha de Occam.
Conservadorismo
Utilizo-me novamente das palavras de Russel Kirk, traduzidas por
Felipe Alves (Tradutores de Direita). Russel afirma: “O conservadorismo então não é simplesmente coisa de
pessoas que têm dinheiro ou influência; não é simplesmente defender status ou
privilégios. A maioria dos conservadores não têm nem dinheiro e nem poder. Mas
todos, mesmo o mais humilde deles, obtém grandes benefícios de nossa República.
Eles possuem liberdade, segurança
pessoal e para seus lares, igual proteção
da lei, direito aos frutos de seus empreendimentos, e a oportunidade fazer
o melhor que são capazes de fazer. Têm o direito à personalidade em vida, e o
direito à consolação na morte. Os princípios conservadores abrigam as
esperanças de todos na sociedade. E o conservadorismo é um conceito social importante
para todos que desejam justiça equitativa, liberdade
pessoal e todos os bons e velhos hábitos da humanidade. O conservadorismo
não é apenas uma defesa do “capitalismo” (“capitalismo”, de fato, é uma palavra
cunhada por Karl Marx, concebida desde o início para insinuar que tudo que os
conservadores defendem é a vasta acumulação de capital privado). Mas os
conservadores verdadeiros defendem sim a propriedade
privada e uma economia livre,
tanto por elas mesmas quanto por serem meios para grandes fins.
Esses grandes fins são mais que econômicos e mais que
políticos. Envolvem a dignidade humana,
a personalidade humana, a felicidade
humana. Envolvem inclusive a relação entre Deus e o Homem. Já o coletivismo
radical de nossa época é violentamente hostil a qualquer outra autoridade: o
radicalismo moderno detesta a fé religiosa, a virtude pessoal, a personalidade
tradicional, e uma vida de satisfações simples. Tudo o que vale a pena
conservar está ameaçado em nossa geração. A mera oposição negativa e não raciocinada
ao atual estado de coisas, agarrando-se em desespero ao que ainda possuímos,
não será suficiente nesta época. O conservadorismo instintivo deve ser
reforçado por um conservadorismo do pensamento e da imaginação.”
Como veem, eu destaquei as palavras-chave
defendidas tanto por Russel como por Mises. Percebem que existe mesmo uma
convergência de agendas entre o liberalismo defendido por Mises e o conservadorismo descrito por Russel? Mises ainda ajuda o conservadorismo ao adotar o preceito que o liberalismo não abraça o espiritual, apenas o material. Desta forma, podemos proteger o nosso espírito conservador e lutar pelo nosso materialismo liberal. Em um pequeno
resumo, os conservadores tem a necessidade de proteger o que lhes é importante,
ou seja, eles querem preservar o que amam. E eu desejo proteger o Brasil, através de uma economia livre, exatamente como pregado por Mises.
Conclusão
Agora que já definimos que existe correlação, por que,
então, escolhi a escola liberal para me guiar pela economia? Tudo começou
quando estava lendo relatórios econômicos emitidos pelo Banco Central, lá por
volta de 2013, e fui estudando diversos assuntos. Encontrei, naquela época,
textos do portal do Mises que já alertavam para a crise econômica pela qual
passaríamos e estamos passando. Eu até usei estes dados como referência para
meus textos. Percebi, primeiro, facilidade em entender os textos e, em segundo,
que eles eram extremamente certeiros em suas relações. Totalmente certeiros
quanto ao futuro! Duas das 10 características apontadas por Jakub Bożydar
Wiśniewski (clique)
como próprias da Escola Austríaca.
Resolvi pesquisar mais sobre livre mercado e percebi que
quanto mais livre for o comércio, mais poderosa é a economia e mais rico se
torna o país. Em “Liberdade Econômica X Prosperidade” (clique)
abordei um pouco sobre o tema. A Escola Austríaca de Economia possui qualidades
que, acredito, venham a fazer o Brasil crescer, por isso, permito-me ser liberal para
assuntos do Estado.
Sobre a liberdade individual defendida por Mises, ela possui
um contrapeso, não sendo uma liberdade plena, mas isso eu vou deixar para uma
ocasião futura.
Obs: E antes que me venham rotular por causa do exemplo das frases liberais,
defendo os direitos de todos os cidadãos, quaisquer que sejam as suas
preferências sexuais, desde que dentro dos limites da lei, pois todos possuem
proteção jurídica do Estado e liberdade individual.