Olá, pessoal! Nesse vídeo quero falar um pouco sobre os dialetos do Japão. Depois de assistir ao amor de Okinawa e de ver como traduziram as expressões e falas da Mona da série "Medaka Kuroiwa is impervious to my charms", decidi explicar um pouco mais sobre essas questões. Vamos lá? Me acompanham? O Japão é um país fascinante, não apenas por sua cultura rica e história milenar, mas também pela diversidade linguística que reflete a identidade de suas regiões. Estima-se que existam cerca de 15 dialetos principais , além de inúmeras variações regionais. Esses dialetos são agrupados em dois grandes clados: Oriental (incluindo Tóquio) e Ocidental (incluindo Quioto), com os dialetos de Kyūshū e das Ilhas Hachijō frequentemente considerados ramos adicionais. Além disso, as línguas ryukyuanas, faladas em Okinawa e nas ilhas mais ao sul, formam um ramo separado na família japônica. Por que existem tantos dialetos no Japão? A diversidade de dialetos no Japão tem raízes históricas e...
A Place Further Than The Universe
http://www.crunchyroll.com/a-place-further-than-the-universe
Sinopse via Crunchyroll: “Paisagens nunca antes vistas. Sons
nunca antes ouvidos. Perfumes nunca antes cheirados. Comida nunca antes
degustada. E uma explosão de emoção nunca antes sentida. Esta é a expedição que
vai recolher as peças espalhadas e as sensações perdidas. Quando chegarmos lá,
o que passará por nossas cabeças? Uivando, ângulo de 40 graus. Berrando, ângulo
de 50 graus. Gritando, ângulo de 60 graus. Uma terra erma, além do mar. O ponto
mais ao sul de todos, distante de toda civilização, no cume da Terra. Através
dos olhos das garotas, encontraremos luzes pelas quais viver amanhã”.
Que diabo de sinopse é esta? 😊 Deixando a
brincadeira de lado, esta sinopse nos leva a conhecer um desejo inerente a
todas as personagens desta série. A sinopse nos leva para dentro do sentimento
das personagens. A animação produzida pela Mad House, com direção de Atsuko
Ishizuka, com roteiro de Jukki Hanada e desenho de personagens de Takahiro
Yoshimatsu, vem contar a história de uma expedição civil à Antártica. Não
apenas uma expedição civil, mas uma jornada por conhecimento e por um futuro.
Eu quase encaixei esta série no “slice of life” (veja
definição do tema no tópico de sexta-feira passada) e a fiz competidora de
Laid-Back Camp, pois ela é o cotidiano de 4 personagens tentando alcançar um objetivo
comum, que é uma viagem até a Antártica, mas, daí eu pensei e cheguei a
conclusão que viajar até o polo do planeta não pode ser caracterizado como algo
comum a um estudante. Por este motivo, eu não encaixei a série em “slice of
life”. A série está mais para uma aventura de descobrimento. Concluindo desta
maneira, eu resolvi dar a esta série o prêmio especial: Melhor Aventura!
E por que eu a escolhi como melhor aventura da temporada
passada? Porque é uma aventura de descobrimento, ou seja, ela apresenta elementos
que gosto de ver em uma aventura. Vou simplificar o Monomito[1] em
quatro elementos: partida, iniciação, descobrimento e retorno.
Kimari é uma típica estudante que está terminando mais uma
fase de sua vida e não sabe bem o que fazer da vida, até conhecer Shirase que
está determinada a ir para a Antártica. Deste encontro, Kimari reúne forças para
realizar algo diferente em sua vida e passa a ajudar Shirase a cumprir seu
objetivo de vida. Ambas desejam ir para a Antártica. Este é o primeiro passo do
caminho do herói, ou seja, a partida. O que têm de mais aqui? A partida é um elemento gradual. Até
conseguirem realmente embarcar na expedição, elas passam por um processo lento
e cuidadoso, mostrando etapas do crescimento psicológico delas. A aceitação de
outras duas garotas, cada qual com um motivo diferente para a aventura, vai
reunindo elementos dramáticos e cômicos à jornada. E é algo tão sereno que quase
nos passa desapercebido que a etapa de iniciação já estava em curso também.
A iniciação é tão
importante neste enredo, que ela praticamente permanece por toda a jornada da
história. Toda a iniciação para a jornada, com o cumprimento de etapas, o
treinamento durante a expedição e, por fim, no arco final materno.
No arco final materno vemos o desfecho do descobrimento que traduzo como o maior
crescimento emocional da série. Neste arco vemos os personagens resolvendo suas
questões internas, enfrentando o passado para poder seguir em frente e
caminhando para uma evolução emocional e psíquica dignas de um filme bem
realizado. Neste ponto, elas estão prontas para o regresso/retorno que consiste em aceitar seu aprendizado e torná-lo
prático para sua vida vindoura.
A jornada para a Antártica, na verdade, consiste na jornada
do herói com descobrimento interior e crescimento emocional dos personagens. Um
enredo que cuidou com carinho e sentimento das angústias daquelas jovens
personagens.Tudo isto realizado com ótimas escolhas de câmera, com dublagens fortes
e uma animação fluida. E o enredo merecia este tratamento de qualidade que o
estúdio Mad House podia dar e deu. E é
isto que gosto em uma aventura.
[1]
Jornada do Herói: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Monomito>