Aproveitando a polêmica que lancei sobre a abertura de Dan Da Dan, venho indicar o canal Anime Ken Tv que, por sua vez, analisou a abertura. Ele é músico profissional e é especialista em guitarra! Se clicar e gostar do vídeo, se inscreva lá e faça-o crescer! E, de forma inesperada, um youtuber japonês fez um vídeo essa semana desabafando sobre a solidão no Japão. O vídeo mostra que a crise da masculinidade, veja texto de segunda-feira da semana passada, está afetando o Japão com muita força. Samurai Daddy é casado, com filho, e se sente sozinho e solitário, muito por conta da confusão de papéis que vivemos hoje em dia. É um relato que confirma e aprofunda o tema da crise. Assistam!
Nota 5
Alguns roteiros assustam. Estava assistindo a algumas séries
pelo Crunchyroll e fiquei gelado com algumas argumentações. Em “Somali and the
forest spirit”, os humanos foram destruídos porque eram inflexíveis com as
diferenças entre espécies. Foram devorados, e escravizados, porque acharam os
monstros diferentes deles. É uma argumentação bizarra. Em resumo, os monstros
fizeram mais ou menos isso: se você não concorda comigo e não me aceita, eu te
mato, e te devoro. Parece familiar? Sim, é algo parecido com o famoso “menos
ódio e mais amor” das redes sociais que, na verdade, revela mais ódio que amor.
Os humanos, então, foram culpados mesmo pela própria extinção, como o roteiro
tentou transmitir? Ou foram extintos por revelarem a verdadeira face dos
monstros? Ficou a dúvida aqui.
Além disso, a série mostra a humanidade unidimensional, bem diferente do que o conservadorismo acredita. É uma visão muito próxima do que pregava Marx, então, aproveito para deixar esse vídeo abaixo como instrução e contraponto a essa visão. Impossível que toda a humanidade tenha seguido pelo mesmo caminho de destruição, uma vez que cada indivíduo que forma a sociedade é único e um ser racional.
Já em “The Case Files of Jeweler Richard” temos a famosa
passada de pano para bandido. O roteiro tentou transmitir uma sensação de pena
pela avó de um personagem que, por não encontrar emprego, virou trombadinha.
Vamos colocar a situação de uma forma horrível: imaginem um personagem que
ficou 42 anos sem uma namorada, porque o bicho é feio e casca grossa, então,
ele resolve sequestrar uma garota para se satisfazer. Dá para dizer que ele é
um coitadinho? Nunca! São situações parecidas. Não é a falta de oportunidade
que leva uma pessoa para o crime, mas sua índole. A avó do personagem tinha uma
índole propensa para o crime, então, desculpe, mas não senti pena de sua
história de vida. O tempo que ela gastou aprendendo a roubar carteira, ela poderia ter investido em algum trabalho manual.
Apesar dessas derrapadas dos roteiristas que quiseram
transmitir uma mensagem, mas revelaram outra, eu ainda continuo querendo
assistir ao animê da pequena Somali. Já o outro, eu desisti e já larguei, porque farejei uma tentativa de lacrar. Não caia nessa de achar que bandido é vítima da sociedade!