Aproveitando a polêmica que lancei sobre a abertura de Dan Da Dan, venho indicar o canal Anime Ken Tv que, por sua vez, analisou a abertura. Ele é músico profissional e é especialista em guitarra! Se clicar e gostar do vídeo, se inscreva lá e faça-o crescer! E, de forma inesperada, um youtuber japonês fez um vídeo essa semana desabafando sobre a solidão no Japão. O vídeo mostra que a crise da masculinidade, veja texto de segunda-feira da semana passada, está afetando o Japão com muita força. Samurai Daddy é casado, com filho, e se sente sozinho e solitário, muito por conta da confusão de papéis que vivemos hoje em dia. É um relato que confirma e aprofunda o tema da crise. Assistam!
O retorno à Netflix
Ano passado, encerrei minha conta na Netflix por conta do
apoio da empresa a projetos de incentivo ao @borto. Relembre o caso aqui.
ACI Digital via Rádio Restauração[1]: “No
primeiro semestre deste ano, a Netflix declarou apoio público ao @borto ao
ameaçar com boicotes o estado norte-americano da Geórgia, que tinha acabado de
aprovar uma nova lei em defesa da vida dos nascituros. Mas o boicote que a
empresa multinacional experimentou de verdade foi contra si própria: segundo o
jornalista espanhol Juanjo Romero, o último balanço trimestral da Netflix
apresentou perda de 126 mil assinaturas nos Estados Unidos, contra um
planejamento que previa ganhar 352 mil novos assinantes.
Quanto à projeção mundial,
a Netflix estimava 4,8 milhões de novos assinantes no período, mas não passou
dos 2,8 milhões.”
Fazendo uma analogia com o Código Processual Penal (CPP),
salvo os devidos pesos, podemos dizer que houve o cumprimento de uma
condenação. No Direito existe um dito jurídico que explica, de maneira bem
resumida, o objetivo de uma condenação penal: “Ao mal do
crime, o mal da pena”. Lógico que não houve uma condenação de fato. Não
houve decisão judicial que fizesse a Netflix perder clientes, mas o maior juiz que
existe é a sociedade e, dessa forma, suas ações podem ser consideradas como
decisões jurídicas. Talvez até mais graves e poderosas que elas, pois, para uma
decisão da sociedade não existe o sistema de “pesos e contrapesos” que equilibra
os poderes e evita excessos. O povo é pleno. É tão poderoso que dá origem ao
poder constituinte. É tão poderoso que faz impérios ruírem. Na Constituição Americana: “Nós, o povo (...)”.
E o povo não aceitou a conduta da Netflix naquela ocasião, fazendo-a perder
clientes, recursos e o bom nome. Houve o erro e houve a resposta da sociedade
ao erro, dando à Netflix um puxão de orelha.
Entretanto, passou-se um ano. Como não existe pena perpétua
e condenação eterna (salvo os eventos Bíblicos que estão além do natural, ou
seja, são eventos sobrenaturais), eu decidi retornar e assinei novamente o
serviço de streaming. Acredito que a Netflix sentiu o peso de suas ações e que
isso não se repetirá, portanto, apoiado na ideia de que a condenação precisa ter
um peso justo, equivalente ao peso do crime cometido, ou seja, fazendo
novamente uma analogia com o CPP, eu decidi que já era hora de retornar ao
serviço. Assinei a Netflix novamente e, semana que vem, teremos uma recomendação
de uma série que assisti via Netflix.
E, finalizando, essa situação deixou claro o conceito de boicote.
Boicote é ação conjunta de indivíduos de uma sociedade que, achando que seus
direitos foram violados, agem de maneira voluntária para punir as empresas,
grupos ou pessoas, que feriram seus direitos. Muitas vezes, instrumentos de
boicote são: cancelamento de assinaturas, abaixo-assinados e, poucas vezes,
ações judiciais para pedir reparação de danos (morais ou materiais). Já a censura
é uma ordem governamental na intenção de calar, ou impedir, a veiculação de informações.
Enquanto um boicote não proíbe que algo venha a ser mostrado, a censura o faz.
Entretanto, estou sempre em alerta, pois a senhora Memória tudo guarda e nada esquece!
[1]
Leia aqui: <https://radiorestauracao.com/noticia/520527/netflix-perde-clientes-por-apoiar-aborto>