Participei da seleção de textos do projeto Apparere, da editora Perse, e estarei nas páginas da antologia com o texto abaixo. O texto foi pensado como uma peça de teatro, com duas vozes se complementando, versando sobre minhas motivações para escrever. Uma voz conta o dado biográfico, e uma segunda voz complementa com um pequeno haikai que resume o sentimento do parágrafo acima. Elaborei o texto relembrando meus motivos para escrever.
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Eu escritor
Patrick Raymundo de Moraes
Enquanto aluno do ensino fundamental, eu sofri muito bullying tanto por parte dos meninos, como por parte das meninas. Eu tinha na televisão, quadrinhos e família meu sustento emocional para lidar com isso, mas eu ainda desejava desabafar. Eu desejava tirar, de dentro de mim, a revolta que sentia com essa situação. E, por esse motivo, comecei a escrever. Nesse mesmo período, perdi entes queridos da minha família.
Na dor da morte;
A solidão se formou;
Escrever restou.
Nessa época, o colégio fez um concurso de poesias. Eu não tinha entrado nele, mas uma professora de redação, durante uma aula, me pegou escrevendo minhas poesias. Ao tomar meu caderno e ler, ela parou a aula e levou minha página para a diretora. Ali, meu verso fez parte da antologia que foi lançada pelo colégio INEI (Brasília) chamada “Letras da Juventude”.
Poema venceu;
O inferno se desfez;
Meu “Eu” se refez.
Anos se passaram e eu conheci a poesia romântica e me encantei por ela. As musas representando o mais belo, a religião como a mais forte palavra, o campo como o mais belo cenário e o homem como o mais forte cavaleiro. Comecei a escrever poesias românticas pelo amor a essas características. Eu me encantei por estes versos.
Amar seu olhar;
Deixa-me te contemplar;
Meu doce amar.
Na faculdade, já tendo escrito alguns poemas e participado de diversas antologias, principalmente pela Shan Editores, eu comecei a usar os poemas para iniciar conversas com as pessoas ao meu redor. Os versos foram os primeiros passos para iniciar diversas amizades. Com poemas, eu fiz amigos!
Na amizade;
A escrita me salvou;
Amigos criou.
Dessa forma, conquistei o prazer por escrever e não consigo me imaginar dissociado dos poemas, dos versos e das letras. Acabei me formando em Comunicação Social e tendo na criação de textos, livros e sentimentos, a minha maior paixão.
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