O Japão e a Rússia
“E a Rússia espalhará seus erros pelo mundo!” é uma das profecias feitas por Nossa Senhora em Fátima e que foi dada a três pastores. É uma profecia grave que se cumpriu. O canal do professor Bellei fez uma ótimo vídeo sobre o atual discurso do presidente Putin e me lembrou dessa profecia já cumprida, no contexto de que, nesse momento, enquanto seus erros foram espalhados, a atual Rússia parece defender os padrões contrários aos seus erros. Não posso entrar em muitos detalhes, pois perderia esse blog, mas deixo o vídeo do professor aqui para uma breve consulta. Assistam enquanto estiver online. Nunca se sabe quando o retirarão do ar. Muitos dos meus textos aqui possuem fundamentos que deixo vídeos explicando, mas, com o passar do tempo, noto que os vídeos acabam deletados, tornando alguns textos meus mais superficiais. Assistam enquanto podem. Todos os vídeos são do Youtube.
Depois de assistir ao vídeo, eu notei que nem mesmo o Japão consegue escapar da tentativa de disseminação da agenda que a Rússia espalhou pelo mundo. Que fique claro que concordo com a postura, e com o discurso feito pelo presidente Putin no vídeo acima relacionado. Considero, hoje em dia, Putin o mais genial presidente da história atual, pois está sabendo liderar em um momento de grande crise e está conseguindo administrar a crise e fazer com que seus inimigos também sofram as consequências de suas sanções. Entretanto, quero deixar escrito a questão mais enraizada à profecia de Nossa Senhora. O Japão também enfrenta uma guerra cultural e não sei como os japoneses conseguirão solucionar isso. Como em toda a guerra, não existe uma frente apenas, mas vários combatentes em diferentes frontes, lutando suas respectivas guerras. Na guerra cultural não são armas bélicas que contam, mas discursos e narrativas. Em uma guerra cultural não é o soldado que vai ao combate, mas empresas e corporações que adotam tais narrativas e discursos. Desse modo, eu identifico alguns combatentes e suas respectivas guerras.
Heroísmo
Comecemos pelo heroísmo. O heroísmo é uma forma de contar uma história que enalteça o crescimento saudável, adotando, no personagem principal (o herói) características que o façam crescer com valor. O herói é, portanto, essencial ao crescimento principalmente masculino. Segundo o dicionário: “Herói é o termo atribuído ao ser humano que executa ações excepcionais, com coragem e bravura, com o intuito de solucionar situações críticas, tendo como base princípios morais e éticos. Além de bravura e coragem, um ato é reconhecido como genuinamente heroico quando a pessoa desempenha ou toma determinada atitude de modo altruísta, ou seja, sem motivos egoístas ou que envolvam o seu ser, mas apenas o bem-estar ou segurança de terceiros”.
O que acontece quando o termo “herói” é usado de forma errada? Em séries como “Beast Tamers”, “I Lost My adventurer’s licence, but it’s fine…”, “Cheat Mode Farming in another world”, “The strongest tank’s labyrinth raids…”, entre muitas outras, o termo herói está sendo relacionado a pessoas sem ética ou moral, que tem ações duvidosas e nada honradas. São pessoas que não representam o estereótipo do herói definido na literatura mundial. E, ao fazer isso, eles estão tentando quebrar a definição, o termo, tirando dele o seu significado e prejudicando seu reconhecimento. Com isso, o termo perde força e sua representação enfraquecida deixa de influenciar os jovens. Tenta-se criar, desse modo, um núcleo jovem sem os bons conceitos heróicos que façam com que esses jovens se tornem adultos moralmente sadios. Eles não reconhecerão a importância das características heróicas e não se comportarão como heróis (termo grego para líderes), mas se comportarão como pessoas que requerem sempre orientação. Fracos. E as empresas que batalham contra esse termo não estão sozinhas nisso. Em “Black Summoner”, “Arifureta”, “ Campfire Cooking in Another World with My Absurd Skill (light novel)”, temos a mesma questão de personagens sem um pingo de moral serem apresentados como heróis. E são títulos de diferentes empresas, que me reservo o direito de não escrever aqui seus nomes. Em algumas obras eles tentam justificar essa quebra de paradigma sobre o conceito de herói. Como em “Black Summoner” ou “I lost my…”, porém, a intenção do discurso é destruir a identidade do signo (semiologia) do termo “Herói”, para, como já escrevi, tentar criar um núcleo de jovens adultos sem liderança e características moralmente sadias.
Aqui eu me refiro a uma guerra de narrativas que passa pela linguística e pela semiologia. Eles tentam mudar o significado do signo "herói" para transformar, também, seu significante e tentando dominar, desse modo, a construção da narrativa. Brasil escola explica melhor o conceito de semiologia:
"Na linguística, Saussure traz a ideia de que um signo é formado por:
um significante (forma ou “imagem acústica”)
um significado (conceito)
Por exemplo, a palavra “céu” é um significante, já aquilo a que ela se refere é o significado. Assim, o signo linguístico é estudado por uma perspectiva sintática, semântica e pragmática."
Veja mais sobre "Semiótica" em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/semiotica.htm
Tradicionalismo
Já outras empresas parecem estar com a tarefa de lidar com o tradicionalismo. O conservadorismo japonês pode ser definido também como tradicionalismo, para fins de o diferenciar do conservadorismo ocidental (cristão). Ele tem como tarefa defender a tradição, os costumes, por isso, o conserva. Essa é a essência do conservadorismo: transmissão das tradições de um povo e a proteção (conservação) de seus costumes. Em “Spy x Family” e em “Jujutsu Kaisen” temos os personagens principais envolvidos em questões que os fazem bater de frente com conservadores/tradicionalistas, tornando, aos olhos dos jovens que acompanham a série, os conservadores como maus. Sabendo que a tradição política japonesa é majoritariamente conservadora, esse é um embate muito perigoso. Ao colocar os jovens a se rebelarem contra a tradição (Jujutsu Kaisen), eles tentam evitar que a política atual permaneça como está, desejando uma revolução, mesmo que silenciosa, dos costumes estabelecidos. A quebra dos costumes de um povo geralmente é precedida da ruína moral, por isso, atacar o símbolo heróico faz parte dessa jornada revolucionária. Em “Spy x Family” a coisa não é muito diferente. Temos um espião tendo que se infiltrar em um país mantido por um partido conservador para evitar uma guerra, como se os conservadores fossem responsáveis pelos problemas do mundo, quando, na verdade, eles tentam proteger as famílias desses problemas.
Conclusão
A conclusão que se chega é que o Japão, hoje, enfrenta os erros e eu não sei como eles conseguirão lidar com isso. Todos os países que foram atacados pereceram e eu já percebo que o Japão está em rota de colisão com a agenda que se espalha e essa agenda já começou a tentar desestabilizar a sociedade japonesa. Vai depender da reação japonesa se essa agenda avançará ou não, ou com que velocidade ela avançará. Ainda deixei de fora questões relacionadas a “Black Kamen Rider” e séries Precure, pois eu acho que já escrevi o suficiente para perder esse site. Deus tenha misericórdia do Japão.