Sugar Apple Fairy Tale
TVアニメ『シュガーアップル・フェアリーテイル』公式サイト|楽曲情報 (sugarapple-anime.com) Capa do Blu-ray |
Abertura da série:
Sugar Apple Fairy Tale
Sinopse
Em um mundo de fantasia, Anne
Halford tem o sonho de ser tornar uma mestre artesã de confeitos de açúcar e,
para tanto, vai precisar sair de sua cidade e provar seu valor ao mundo. E o
mundo dela não é um mundo de confeitos, portanto, ela compra um fada-guerreiro
para lhe proteger pelo caminho, Shalle Fen Shalle. Um fada nada amigável no
começo, pois, nesse mundo, as fadas perderam a guerra para os humanos e foram
escravizadas. Enquanto possuir uma asa de uma fada, qualquer pessoa pode
controlar a vida dela e dar-lhe ordens. Entretanto, Anne não deseja ter que
usar desse artifício e tenta fazer amizade com seu arisco e frio fada-guerreiro.
O caminho dos dois não será fácil, e muitos problemas aparecerão para tirar
dela a felicidade.
Os contos de fadas sempre me
encantaram e faço aqui uma explicação do termo através de Khéde, no Portal Educação: “Khéde, 1986, p. 16, fala que: as origens dos contos de fadas são
as mais diversas. Proveniente de contos folclóricos europeus e orientais, há
neles um interessante cruzamento de princípios, entre os quais predominam os
judaicos- cristãos e os da vertente mística da antiguidade greco-latina. Podemos
observar que aqui no Brasil os nossos contos de fadas tiveram origem europeia e
oriental. Citamos os contos dos irmãos Grimm e Charles Perrault, como exemplo”
e nem sempre os contos são todos adoráveis, pois existem relatos de fantasias
sombrias com finais tristes, mostrando o quão amplo podem ser esses mundos de
fantasia criados. O próprio Charles Perrault, citado por Khéde alterou muitos
dos contos para que a aristocracia francesa não se chocasse com grande parte das
histórias que nem sempre eram felizes. E
“Sugar Apple Fairy Tale” vai exatamente nesse sentido. É uma série comovente,
que engloba um ótimo cruzamento de princípios, mas em uma realidade que, como
escrevi, não é bem um doce açucarado. Existe muita tragédia, muito amor trágico
e muitos obstáculos que a Anne e o Shall necessitarão vencer.
E a série foi dividida em duas
partes, sendo que a segunda parte está chegando agora na próxima temporada,
então, a divulgo nesse instante para que a conheçam e, se desejarem, queiram
acompanhar. No começo, por conta da abertura, achei que seria uma história mais
leve, mas me enganei. A história é mais madura que isso e se centraliza na
tentativa de Anne em ser reconhecida como uma artesã do açúcar. Sonho que sua
mãe também possuía antes de falecer. Nesse sentido, Anne deseja cumprir um
sonho que a sua própria mãe não conseguiu.
Como é um drama, com romance
simples, em um mundo de fantasia, que respeita o tênue sombrio dos contos de
fadas europeus, a história vai seguindo por esse trajeto, nunca dando muita
atenção aos clichês desse tipo de obra (shoujo com toques românticos), todavia,
existe o conteúdo dramático necessário e que me impressionou. Um fada frio que
vai se aproximando dela, ao perceber em Anne uma pessoa esforçada e de bom
coração, e uma Anne que se dedica à sua profissão com grande paixão.
E não se enganem. A figura da
Anne não é como as personagens ocidentalizadas. Ela tem ainda fortes
influências do oriente em sua construção e, por isso, ela é forte sem perder a
doçura; é valente e, também, sincera em reconhecer quando o medo lhe invade o
coração; é corajosa, mas gentil; é trabalhadora, mas também se deixa desgastar;
é resistente, mas pode se fragilizar; tenta ser amiga, mas consegue ser dura
quando precisa. Enfim, ela é a figura feminina que eu espero que se mantenha
nos enredos de séries japonesas. Eu mesmo notei na Sagiri (Hell’s Paradise)
essa construção também, que um dos personagens da série (Hell’s Paradise)
chamou de “caminho do centro”, ou seja, uma construção sem radicalizações. Como
sabem, fiz um texto criticando as construções das mulheres em algumas séries,
que eram muito masculinizadas, pois parece que tanto Anne, quanto a Sagiri são
tentativas de encontrar um equilíbrio nessa construção. E eu rezo para que elas
tenham tanta importância dentro do mercado que possam mesmo ser faróis que
guiem e iluminem esse tipo de construção de caráter e personalidade em figuras
femininas.
Já o Shall é um fada, ou seja, um
homem com muita importância dentro da série. Duro, grosseiro, agressivo e
forte, ele vai reconhecendo na Anne uma figura importante para ele e ele vai
tolerando certas coisas que ele não toleraria normalmente, pois ele possui
muito ódio dos humanos em geral. Ele não tolera a humanidade e, em um
determinado momento da série, ainda no início, ele até assusta por conta de
algumas atitudes dele. Já na primeira noite juntos, o que aconteceu ali quase
me fez ir aos livros para ler a motivação do Shall. Foi uma das cenas mais
assustadoras, na minha opinião, e sem entrar em muitos detalhes. Porém é na
construção da relação com a Anne que ele vai tomando importância dentro do
enredo e se torna, no final da primeira parte da série, um personagem VITAL. É
também, através dele, que o(a) autor(a) da série mostra um mundo tenebroso,
sombrio e com uma perspectiva sinistra. Quando ele luta, podemos ver como esse
mundo é perigoso. Os contos de fadas antigos eram assim, bem diferentes dos
contos adaptados pela Disney, com finais felizes. E a série tanto respeita esse
lado obscuro dos contos, que o final da primeira temporada é até triste. Lá vou
eu dando spoilers novamente. Desculpem!
Além desses fatores terem me impressionado, eu gostei desse trabalho com açúcar e fui procurar mais sobre essa arte e eu até achei um produto que o substitui na construção dessas esculturas, chamado isomalte. Vejam no vídeo abaixo.
Hinaki Tsubakiyama assina outro
ponto forte da produção feita pelo estúdio J.C. STAFF que é a composição
musical. Não poderia deixar de destacar também essa linda abertura com essa
linda dança. Como sabem, eu amo ver uma dança animada e os estúdios japoneses
são excelentes nesse tipo de trabalho. Cliquem no primeiro vídeo que coloquei
aqui, pois vale muito. É a primeira abertura da série, com uma música magistral
e uma dança apaixonante.
Se você se interessou, corre para
assistir, que a segunda parte da obra está chegando. E, por fim, deixo aqui um
trailer da segunda parte de Sugar Apple Fairy Tale, mas, cuidado, pois já nas
primeiras cenas do vídeo abaixo tem um forte spoiler de como terminou a primeira
temporada. Assista por conta e risco!
Sobre a obra original
Sugar Apple Fairy Tale iniciou-se como uma light novel escrita
por Miri Mikawa e ilustrada por aki, para a editora Kadokawa, sendo que
totalizou 17 volumes, de abril de 2010 a janeiro de 2015, através do seu selo
editorial Kadokawa Beans Bunko. Durante o período de serialização da novel, uma
adaptação em mangá foi produzida para o site Hana to Yume Online (Hakusensha-
2012 a 2014) e a editora Yen Press trouxe
ao ocidente a segunda adaptação em mangá, ilustrada por YozoranoUdon e que
totalizou dois volumes mas ainda está em edição! Se desejar acompanhar a obra
original, o link da Yen Press está acima disponível!