Esse é um assunto gravíssimo que condiz com a guerra cultural que já mencionei aqui meses atrás. Quando as empresas que tratam da indústria de comunicação (editoras principalmente) retiram de cena o arquétipo heroico, da pessoa que faz o bem, altruísta, e o troca por um personagem sem aptidão para o bem, essas empresas contribuem para enfraquecer a moralidade da sociedade. O jovem em formação fica sem uma bússola que o guie para longe de problemas e ele acaba tendo mais chances de se envolver com o que não presta. Clique aqui para ler.
No Japão existe um termo terrível que é o "Yami-Baito", ou seja, "classificados de emprego de meio expediente do mercado negro", e, meses atrás, um desses classificados foi respondido por jovens adolescentes que foram cometer um crime de roubo e assalto em uma joalheria. Podem ler a matéria completa na CBS (clique) e deixo aqui um trecho da reportagem de Lucy Craft: "
"Yami-baito": Exploitation for crime
The young bandits have told police they were strangers who met for the first time on the "job." The utterly brazen, strangely amateurish robbery bore all the hallmarks of "yami-baito," or black-market part-time jobs, an increasingly lucrative angle for criminal groups allowing them to outsource scams and burglaries to the young, naïve and financially desperate. With the use of yami-baito, it's possible for such gangs to do the crime without doing the time."
É muito mais fácil para o crime conseguir "conquistar" mentes que não saibam valorizar as questões morais que as lições e histórias heroicas passam. Até um país, atualmente pacífico, acaba por ter problemas quando se distancia dos termos de masculinidade sadia representadas por heróis decentes. Por exemplo, um herói que diga "não às drogas" pode ajudar mais que um conselheiro tutelar que faça o mesmo, pois é uma figura que um adolescente possui maior afinidade. Imagine agora que as empresas estão construindo personagens que fogem de suas atribuições e ficam representando figuras nada heroicas, como, por exemplo, os heróis (dito heróis pela própria história) das obras que mencionei no meu texto? a situação tende a piorar. A guerra cultural não é apenas ideológica, pois ela passa a ser prática em todos os cenários pelos quais ela já foi travada. Por sorte, existem ainda, no Japão, figuras heróicas de grande respeito e admiração como o Tanjiro e a Nezuko de Demon Slayer, o Goku de Dragon Ball, o Thorfinn de Vinland Saga, então, ainda dá para reverter qualquer quadro negativo que esteja sendo traçado.
A conclusão que eu chego é que temos que rezar pelo Japão e para que os japoneses percebam o perigo social que estão correndo e lutem para eliminar os riscos e efeitos da guerra cultural que eles estão travando. Não basta apenas o governo fazer algo, pois é necessária a ação da sociedade como um todo e isso não é fácil de se realizar. O jeito é rezar pelo Japão. Abaixo eu deixo um vídeo sobre o assunto.