Concursos literários e inteligência artificial!
Continuando com o tema da semana passada, eu acredito que
teremos que ter algumas alterações nos editais de concursos literários e, mesmo
assim, não acredito que os editais possam ter ferramentas que protejam a lisura
de um concurso. Na semana passada, pedi para o ChatGPT fazer uma poesia ao
estilo haicai sobre animê e mangá, para ver se a inteligência sabia diferenciar
esses tipos de arte. A poesia me surpreendeu de tão bem-feita e tão bem dentro
do tema. O que impedirá o uso de I.A. em concursos literários? Quem poderá
discernir se um poema foi feito por uma pessoa, ou por uma I.A.?
Eu já achava errado usar ferramentas de contagem de sílabas
poéticas, mas, pelo menos, a criação do poema era humano. Agora que as máquinas
(posso chamar de máquina?) possuem uma função que copia a “alma humana”, os
concursos literários deveriam ter alguma restrição ao uso dessas ferramentas.
Entretanto, mesmo que o edital proíba, como fiscalizar? Como diferenciar uma
construção humana, de uma construção artificial?
Acredito que algumas pessoas sem nenhum pudor usarão a inteligência artificial para criar poemas, contos e histórias, ou para corrigir e aperfeiçoar os escritos feitos por eles. Deixará de ser um concurso para aferir a qualidade de um texto de um autor, ou para descobrir novos talentos. Acredito que teremos que nos acostumar com isso. É o primeiro passo para o futuro ao estilo de “The Gene of AI” (leia uma matéria no blog Sushi Pop) e que vença o melhor, seja máquina ou humano!