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Anime Ken TV e Solidão

 Aproveitando a polêmica que lancei sobre a abertura de Dan Da Dan, venho indicar o canal Anime Ken Tv que, por sua vez, analisou a abertura. Ele é músico profissional e é especialista em guitarra! Se clicar e gostar do vídeo, se inscreva lá e faça-o crescer! E, de forma inesperada, um youtuber japonês fez um vídeo essa semana desabafando sobre a solidão no Japão. O vídeo mostra que a crise da masculinidade, veja texto de segunda-feira da semana passada, está afetando o Japão com muita força. Samurai Daddy é casado, com filho, e se sente sozinho e solitário, muito por conta da confusão de papéis que vivemos hoje em dia. É um relato que confirma e aprofunda o tema da crise. Assistam!

Tearmoon Empire (Episódios I e II) A dor e o sofrimento como ferramentas de mudança!

 Texto revisado pela ChatGPT-4


Tearmoon Empire (Episódios I e II)
A dor e o sofrimento como ferramentas de mudança.


 

Tearmoon Teikoku Monogatari: Dantoudai kara Hajimaru, Hime no Tensei Gyakuten Story - Pictures - MyAnimeList.net

Tenho evitado divulgar spoilers e, por isso, venho publicando meus textos algum tempo depois das datas de estreia das séries que pretendo analisar. Se você está aqui, seja bem-vindo. Caso não queira spoilers de uma série em andamento, sugiro que pare a leitura aqui. Obrigado!


Tearmoon Empire é uma série escrita por Nozomu e Mochitsuki e ilustrada por Gilse. A novel fez sua estreia no site Shosetsuka ni Naro e, posteriormente, começou a ser publicada pela TO Books, com distribuição internacional pela J-Novel Club. Além das novels, a série também foi adaptada para o formato de mangá, desenhado por Mizu e Morino e comercializado pela Comic Corona desde 2019. A trama acompanha Mia Luna Tearmoon, uma princesa ao estilo de Maria Antonieta, que é presa e executada por guilhotina devido a uma revolução impulsionada pela miséria de seu império e pelo envolvimento de outras nações. Milagrosamente, após sua execução, ela acorda em sua adolescência, em seu passado, com um diário descrevendo seu futuro sombrio e a determinação de evitar sua própria decapitação. Para quem não conhece, a execução de Maria Antonieta em 1793 foi um marco da Revolução Francesa e sinalizou o fim de uma era para toda a Europa. A série se inspira nesse contexto, abordando-o com humor e drama.


As religiões frequentemente apresentam pontos de vista similares sobre dor e sofrimento. Para muitas delas, o sofrimento é um caminho para a iluminação e o desenvolvimento espiritual do indivíduo. Eu não concordo integralmente com essa perspectiva, já que é conhecido que o sofrimento pode levar a traumas, problemas psicológicos, fobias e alterações de personalidade, muitas vezes graves. Contudo, quando a pessoa consegue superar essas adversidades, admito que sua evolução pode ser admirável. A transformação de um indivíduo através da dor tem sido o tema de diversas histórias e encanta aqueles que gostam de ver uma pessoa inicialmente mesquinha se tornar benevolente. Sim, confesso que é algo bonito de se ver, especialmente em filmes que abordam 'milagres de Natal', geralmente porque a transformação desses personagens acaba beneficiando outros que nos despertam empatia e simpatia. Esse tem sido um dos pontos fortes da série até o momento, nestes episódios tão envolventes.



“E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.” (Romanos 5:3-4)

 



Figura 2- Anne e a princesa!

 

A história revela que os três anos de sofrimento que Mia Luna passou na prisão, antes de ser sentenciada à morte, transformaram seu comportamento, tornando-a mais gentil e humana. É importante destacar que nem todos desenvolvem um lado mais humano através da dor; alguns se tornam verdadeiros psicopatas. Por isso, quando vejo um personagem que utiliza seu sofrimento como motivação para se tornar melhor, faço questão de elogiar. Esse é o caso da princesa Mia Luna. Suas tribulações lhe deram uma experiência que ela não descartou, e que agora a auxilia a enfrentar o horizonte tenebroso que se aproxima (a morte provocada por uma revolução).


A princesa, agora ciente de seu futuro e munida da experiência de ter sofrido tortura e cárcere, começa uma transformação interior notável. Isso fica evidente ao reencontrar Anne, uma serviçal leal, e mudar seu comportamento para melhor. Em uma cena humorística, Anne deixa cair um bolo, o último do castelo, e cai de cara nele. Mia, inicialmente furiosa, muda sua atitude ao reconhecer Anne, lembrando-se dela do futuro, e a abraça, agradecida por sua lealdade e gentileza. É um belo momento de amadurecimento, tão comovente quanto quando ela come um pão e chora, ponderando: 'Os pães sempre foram assim?', referindo-se às memórias de sua alimentação precária na prisão.


Mais adiante, ela visita um bairro pobre de seu reino e, enquanto outros cobrem o rosto pelo mau cheiro, ela não o faz. Sua experiência na prisão a acostumou com condições de higiene precárias. Isso impressiona um dos personagens que a acompanham, destacando mais uma cena de crescimento humano de Mia. Seu sofrimento na prisão foi tão intenso quanto o de Edmond Dantès, o Conde de Monte Cristo, e ambos usaram essa dor como trampolim para aprimorar-se.


Naturalmente, Mia Luna não é uma personagem perfeita. Ela ainda é ingênua, precisa de ajuda e é desligada. Ainda assim, sua evolução é cativante e digna de nota. O enredo também promete um confronto entre nações, já que é revelado que a revolução em seu reino contou com apoio externo. Isso é algo bastante realista, pois toda revolução é, de alguma forma, impulsionada por aqueles que se beneficiam dela.


Dou nota 10 para esta série pelos dois capítulos que abordam a impressionante revolução espiritual de uma personagem tão carismática. Como curiosidade, minha 'copilot' (a IA da Microsoft) apontou que essa história se baseia no conto 'A Princesa e o Mendigo', informação encontrada no site TV Tropes.


Quer assistir? A série está disponível no Crunchyroll! E abaixo, a bela e cativante abertura, que exala um tom positivo mas não deixa de sugerir futuros sombrios para a princesa.



 



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