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As melhores aberturas Fall 2024

 As melhores aberturas da temporada na minha opinião Estagiário: ChatGPT 4o Como vocês sabem, eu julgo uma abertura de anime não apenas pela qualidade técnica — que inclui a performance artística geral: música, direção, animação, sequência e ritmo —, mas também pela emoção que ela transmite ao longo da série. Em outras palavras, minha sensação de "agradabilidade" com a abertura pode aumentar ou diminuir dependendo da experiência que tenho com o anime. É algo assim: depois de ver a saga das aranhas em Demon Slayer, com a magistral cena do Tanjiro e da Nezuko lutando contra um lua inferior, cada vez que via a abertura, sentia-me profundamente emocionado ao lembrar daquela batalha. Portanto, o impacto da série em si afeta minha avaliação da abertura. Esse é o meu critério tanto para aberturas quanto para encerramentos. Vamos começar? --- Re:ZERO -Starting Life in Another World- Season 3 É impossível não colocar esta abertura como minha favorita. A música se encaixa perfeitamente

O problema da crise de masculinidade nessa temporada!

 A Crise da Masculinidade e o Papel do Homem Protetor nos Relacionamentos Modernos afetam o enredo de séries dessa temporada- Fall 2024.

Estagiário: ChatGPT 40


O isolamento social pode se agravar quando se afasta do indivíduo o que ele considera ser seu papel social.


A Crise da Masculinidade e o Papel do Homem Protetor nos Animes

 

Tenho observado esta temporada com cautela, pois notei que muitas obras compartilham um elemento que evidencia a crise da figura masculina. A crise masculina está bem presente nesta temporada. Nos parágrafos a seguir, explicarei com certa preocupação. Vamos começar pelo o que é a crise da masculinidade e suas consequências!


A crise da masculinidade


A crise da masculinidade é um tema complexo que envolve mudanças nos papéis sociais e nas expectativas culturais que os homens enfrentam hoje. Ela se refere ao esgotamento de um modelo tradicional de masculinidade que, por séculos, estabeleceu que os homens deveriam ocupar papéis de protetores, provedores e figuras de autoridade. Esse modelo começou a mudar principalmente com o avanço dos movimentos feministas e das discussões sobre igualdade de gênero, trazendo à tona debates sobre como homens e mulheres podem se expressar e colaborar de formas mais amplas e flexíveis.

No entanto, essas mudanças vêm gerando consequências sociais. Muitos homens se sentem desorientados e pressionados, pois enfrentam a falta de modelos claros sobre o que é ser "homem" na sociedade moderna, especialmente quando tentam equilibrar características tradicionalmente masculinas com comportamentos mais sensíveis e expressivos. Esse conflito pode levar a sentimentos de inadequação, isolamento e até depressão, além de uma falta de pertencimento.

Infelizmente, esses sentimentos têm se refletido em taxas preocupantes de suicídio. Estatísticas globais indicam que os homens representam cerca de 75% das mortes por suicídio em muitos países. Em alguns contextos, essa proporção pode ser ainda maior, com fatores como o isolamento, a pressão social e a dificuldade em buscar apoio psicológico desempenhando um papel importante. No Brasil, por exemplo, dados do Ministério da Saúde indicam que os homens têm uma taxa de suicídio aproximadamente quatro vezes maior que a das mulheres.

Esse fenômeno afeta profundamente as famílias e as comunidades, deixando feridas emocionais e, muitas vezes, desencadeando ciclos de sofrimento. Quando um homem tira sua própria vida, as famílias enfrentam luto, culpa e desafios emocionais e financeiros. Para as crianças, a ausência de um pai ou figura paterna pode impactar a saúde mental e emocional a longo prazo.

 

A crise chegando nos animês

A crescente igualdade de gênero trouxe ganhos para muitas áreas sociais, mas a transição também revelou desafios para a identidade masculina, desencadeando o que muitos especialistas chamam de “crise da masculinidade”. A estrutura tradicional que atribuía ao homem o papel de protetor e provedor foi alterada. Com isso, muitos homens passaram a sentir um vazio identitário, isolando-se e enfrentando questões de saúde mental, como depressão e até aumento da propensão ao suicídio. Tiraram do masculino a sua identidade de "protetor" ou "guardião" que a natureza lhe conferiu. 

 

Em produções culturais orientais tenho notado que esse papel de protetor e guardião há muito tempo está se esvaindo, o que considero estar prejudicando e até mesmo influenciando de forma negativa os jovens. Muitas séries nessa temporada estão dando menos importância ao homem como protetor e guardião do que já vi em temporadas passadas.  Pode ser que essas obras estejam refletindo a confusão de identidade que surge nos tempos atuais.

 

Animes de ação como Mecha-ude apresentam uma dinâmica controversa, com personagens femininas fortes, a exemplo de Murasame Aki, que desempenha um papel protetor em relação ao protagonista masculino, Amatsuga Hikaru. Tal inversão reflete o interesse por novas abordagens de gênero, embora possa confundir os homens sobre como se posicionar. Estudiosos observam que essa mudança impacta principalmente os jovens que buscam relações duradouras baseadas no apoio mútuo, mesmo que modernizadas.  Sem saber qual seu papel, ou tendo seu papel histórico redefinido e esquecido, a crise só tende a piorar.





Quanto à dinâmica entre os dois personagens mencionados acima, esta série se assemelha bastante a Dan Da Dan e Kimi wa Meido-sama (cartaz que abre esse texto), com a diferença de que que  Mecha-ude e Dan Da Dan tentam, ao menos, equilibrar a situação, permitindo que os personagens masculinos também protejam e defendam suas parceiras, mas mantendo o conceito de mulheres fortes que protegem homens fracos (ou inicialmente fracos). Dan Da Dan mostra até um personagem masculino sem suas partes íntimas, retiradas por conta de uma maldição. Apesar da intenção cômica, isso evidencia claramente como estão vendo os homens hoje: eunucos. Já em Meido-sama, o personagem masculino não passa de um garoto normal, enquanto a empregada é retratada como uma "Mulher-Maravilha", mostrando mais opressão à figura masculina que, nessa série deve ser protegida ao invés de proteger. É um exemplo da crise de masculinidade afetando enredos de animes. E temos, pelo menos, ainda quatro séries assim nessa temporada.

 

Dan Da Dan e o reflexo do jovem na atualidade?

Aos estudos

Voltando aos estudos. Eles indicam que essa “crise” é uma resposta à perda de papéis que antes serviam como base para a masculinidade. Como sugere a análise sociológica do portal *Rabis.co*, a mudança no comportamento masculino, ao longo do tempo, tornou-se necessária para dialogar com os novos papéis femininos e respeitar a igualdade de gênero. Contudo, essa desconstrução, embora fundamental para os direitos e avanços sociais, pode ter deixado muitos homens sem uma orientação clara de como se posicionar.

 

 

Percebo que, nos animes modernos, personagens masculinos frequentemente não desempenham papéis protetores ou o fazem discretamente, deixando uma lacuna na formação de modelos para os jovens. Ressalto que a cultura pop, particularmente animes como Sword Art Online, onde Kirito muitas vezes é o protetor de sua parceira Asuna, continua a atrair o público masculino para o ideal de proteção e segurança. No entanto, esse papel está se tornando menos proeminente, e até mesmo Kirito tem sido gradualmente ofuscado em sua própria série para realçar as personagens femininas.


Essa representação ocorre com produções mais recentes dessa temporada, onde os protagonistas masculinos são retratados com mais independência, mas menos comprometidos com o papel de proteger. Eu argumento que essa mudança é bem-vinda para expandir o repertório de papéis, mas ressalto que a ausência do arquétipo do protetor também contribui para o aumento do isolamento. Sem modelos culturais que demonstrem o valor da proteção como um ato de empatia e apoio mútuo, muitos jovens se desconectam emocionalmente.

 

Essa questão impacta a saúde mental dos homens. Uma revisão da *SciELO Public Health* aponta que a dificuldade masculina em expressar vulnerabilidades frequentemente os afastam de redes de apoio, tornando-os mais suscetíveis ao suicídio do que as mulheres. Na verdade, retiram tudo do homem e isso faz com que eles busquem isolamento ou caiam em depressão e, em casos severos, suicídio. 

 

O impacto no casamento e nos relacionamentos também é significativo. A igualdade, ao enfatizar a independência mútua, deslocou o papel masculino de “cuidado” e proteção, o que muitos homens interpretam como uma perda de utilidade dentro das relações. A literatura dos *men's studies* destaca que, sem uma reformulação para o papel protetor, as expectativas de estabilidade e apoio podem se dissipar. Como sugere o artigo da *Redalyc*, a desconstrução desses papéis, sem substitutos sólidos, pode enfraquecer o laço entre os casais e até mesmo o desejo de compromissos duradouros, algo que o casamento tradicional incentivava.

 

Ao reintroduzir o valor do papel de protetor em uma nova perspectiva, é possível restaurar a confiança dos jovens em suas relações e promover um modelo de masculinidade onde a igualdade e o apoio mútuo coexistem. Em animes e outras mídias, essa visão equilibrada pode inspirar uma geração que, sem abrir mão da independência, valorize o papel do protetor como uma expressão de carinho e respeito mútuo, essencial para a construção de relacionamentos duradouros e significativos. Acontece que essa temporada tem muitas animações que não estão sabendo equilibrar esse papel de forma decente e podem estar contribuindo ainda mais para o isolamento social, que já é um grande problema no Japão atualmente. Eu simplesmente torço para que eles acordem e consigam solucionar esse problema em futuras obras para evitar que o isolamento se torne ainda pior do que já está sendo. Essa temporada já demonstra um certo fracasso nesse sentido. E, se nada for feito, paciência, o Japão continuará com a crise de natalidade, crise de depressão e outras coisas.

 





SciELO - Brazil - A crise da masculinidade: uma crítica à identidade de gênero e à literatura masculinista A crise da masculinidade: uma crítica à identidade de gênero e à literatura masculinista

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